07 de setembro, de 2025 | 08:40

Iniciativa leva estudo das artes urbanas para regiões periféricas do Vale do Aço

Enviada ao Diário do Aço
Um dos criadores do coletivo, Kadosh Miranda pontuou que se ''misturarmos arte com educação, sobra a chance de transformar uma realidade''Um dos criadores do coletivo, Kadosh Miranda pontuou que se ''misturarmos arte com educação, sobra a chance de transformar uma realidade''
Por Isabelly Quintão - Reporter Diario do Aço
Um coletivo de arte e educação que atua na região do Vale do Aço, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte, que tem sede no bairro Iguaçu, em Ipatinga, vem crescendo cada vez mais. O intuito traz voz a quem não tem, florescendo e estimulando o estudo das artes urbanas em regiões periféricas.

A iniciativa surgiu em 2015 a partir de reuniões de amigos no Parque Ipanema, dispostos a fazer a diferença. Por meio dos encontros, foi idealizado o “Sarau Sexta Básica”, antigo nome do coletivo, que teve sua primeira edição na Praça do Fórum no bairro Vila dos Técnicos, em Timóteo. Hoje, com mais de 40 edições, e chamado de Básico Coletivo Artístico, consolidou-se como uma ação que veio para mobilizar a classe artística e o público em geral às causas sociais, recolhendo quilos de alimentos não perecíveis para doar.

O coletivo atua com batalhas de rimas, festivais, espetáculos de poesia, saraus, rodas de conversa, oficinas de música, dança e palhaçaria, e feiras, além de fazer parte da Periferia Brasileira de Letras. Também trabalha com ações em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centros Socioeducativos. É o que detalha o multiartista Kadosh Miranda, de 30 anos, um dos criadores do projeto, que também é arte educador e produtor cultural. “Já acessamos alguns fomentos à cultura, mas em maior parte atuamos de forma independente, com venda de zines, blusas, adesivos, caderninhos, entre outros materiais, mas mantemos o apoio fixo da Casa Ganja HeadShop, Maloka Socialista e Associação Receita Verde”, afirma.

Kadosh também pontua que são atendidas escolas municipais e estaduais da região, o Serviço Social do Comércio de Governador Valadares e jovens das áreas periféricas, além da comunidade LGBTQIAPN+ e os trabalhadores das cidades.
“A escola de rua, por exemplo, é um projeto pensado para atuar com jovens e adolescentes visando estimulá-los a pensar nas artes de rua como profissão e mudança de realidade. Nada melhor para dialogar com a juventude do que uma linguagem que eles entendam”, comenta.

De olho no futuro
Alguns projetos futuros incluem a reforma da sede do Básico Coletivo Artístico; se tornar ponto de cultura; continuar espetáculos; trazer oficinas de grafite para mulheres e cursos de artes urbanas.

“Nosso coletivo entende que onde a arte atua a violência não sobe ao palco e que se misturarmos arte com educação, sobra a chance de transformar uma realidade. Cada momento é único e tem de ser aproveitado. Para o artista que não tem a oportunidade de se expressar, até aquela pessoa que ainda não sabe que é artista. O básico veio para transformar o Vale do Aço com arte educação”, finaliza.

Mais informações podem ser obtidas por meio do perfil do Instagram @basicocoletivo.
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