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24 de agosto, de 2025 | 07:30

O lar virou extensão do mundo: o conforto é essencial

Lívea Esteves *

Durante a pandemia, muitos foram obrigados a adaptar suas casas em espaços multifuncionais. O quarto virou escritório, a sala tornou-se academia e a cozinha passou a funcionar como restaurante. Em 2020, adaptar o lar na tentativa de reproduzir experiências, antes restritas ao mundo externo, tornou-se uma necessidade cotidiana. Com o isolamento social, o convívio também mudou. Celebrações que antes reuniam pessoas em festas passaram a acontecer por meio de telas, em encontros virtuais. Essa complexa relação com o espaço e convívio, se apresentou de uma maneira muito repentina e instalou-se na vida do ser humano.

Segundo o relatório do Globo Gente, o isolamento social causado pela Covid-19 provocou transformações significativas e uma nova realidade para o mundo inteiro, impactando diversos segmentos e mercados. Com isso, um novo perfil comportamental surgiu voltado para a valorizar mais a qualidade de vida domiciliar, seja com a família, amigos ou sozinho. Atualmente, as pessoas têm se mostrado mais dispostas a realizar reformas, adquirir artigos para a casa e se reunir com amigos e família.

A ideia de que “a casa é mais que um lar” se tornou mais forte e estável. Hoje, de volta à rotina, uma residência funcional não suporta apenas quarto, sala, cozinha e banheiro. A sensação de bem-estar e acolhimento se encontra em novos cômodos e espaços, como os que sentimos em hotéis, resorts e pousadas. Esse movimento é também reflexo de uma busca por qualidade de vida. A hotelaria sempre soube que a experiência do hóspede não se resume à estrutura física, mas a detalhes que despertam emoções: o cheiro, a textura dos tecidos, a música ambiente e a recepção atenciosa. Transportar esses elementos para dentro de casa é trazer para o cotidiano aquilo que antes parecia reservado a momentos esporádicos.

Antes da pandemia, os momentos simples como reunir amigos para um jantar, assistir a um filme, fazer exercício físico com a família, era algo quase desvalorizado. No período pós-pandemia, essas atividades ganharam novo valor, justamente por poderem ser realizadas dentro de casa. Por isso, investir em elementos que trazem a atmosfera da hotelaria, aromas agradáveis, iluminação planejada, móveis confortáveis e até pequenos detalhes como toalhas bem-dispostas ou um café servido com capricho, tornou-se um gesto de cuidado com o outro e consigo mesmo.

No entanto, a estética da hospitalidade não se trata de transformar a casa em um cenário artificial, tornou-se um recurso emocional, quase terapêutico, de reencontro com o prazer de viver e conviver. Uma poltrona reclinada próxima à janela, uma varanda que traz o lazer ao ar livre, a área gourmet que remete aos almoços de fim de semana em família e amigos. A casa assume um novo papel. O lar não é mais um espaço privado, é um espaço múltiplo. Hoje, ela se tornou um lugar de encontro de pessoas e compartilhamento de sentimentos. A casa, antes funcional, agora é cenário de afetos, hobbies e paixões.

* Arquiteta.

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Comentários

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Tião Aranha

24 de agosto, 2025 | 11:31

“Lar multi pluralista onde quem manda ainda é o pai. Rs.”

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