24 de agosto, de 2025 | 06:00

Passou raspando

Fernando Rocha

Novamente, o Atlético não fez uma grande partida, mas conseguiu, na última quinta-feira, a vitória de 1 x 0 sobre o fraco Godoy Cruz, em Mendoza/Argentina, o suficiente para obter a classificação às quartas de final da Copa Sul- Americana.

Não fosse a boa vontade do árbitro chileno Felipe Gonzalez, além do seu compatriota do VAR, Miguel Araos, e de algumas defesas extraordinárias do goleiro Everson, a noite não teria sido feliz para o Galo.

Com apenas dois minutos de jogo, o árbitro marcou pênalti a favor do time argentino, após um toque de mão do zagueiro Vitor Hugo dentro da área, mas, chamado ao monitor pelo VAR, voltou atrás e anulou a penalidade.

Nas quartas de final da Copa Sul-Americana, o Atlético vai enfrentar o Bolívar, após a data-Fifa, em setembro, mas, por conta do calendário maluco do futebol, volta a campo, hoje, às 20h30, para encarar o São Paulo, no Morumbi, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Esquema manjado
Outra vez com o apoio maciço da torcida azul, o Cruzeiro enfrentou ontem o abalado Internacional, eliminado de forma contundente na Copa do Brasil, pelo Flamengo, na última quarta-feira.

O time comandado pelo português Leonardo Jardim caiu nitidamente de produção nas últimas cinco rodadas, acumulando duas derrotas, dois empates e apenas uma vitória obtida fora de casa, sobre o Botafogo.

Por outro lado, neste mesmo período, o Flamengo, líder, e o Palmeiras, segundo colocado, fizeram 13 pontos cada. Ambos venceram quatro partidas e empataram uma vez.

Dito isso, qual seria a causa dessa oscilação do time estrelado? Cansaço? Não acredito, pois o time azul está fora das disputas internacionais, o que lhe garante semanas inteiras para treinar e descansar.

A minha conclusão é que o esquema adotado pelo técnico Jardim já ficou “manjado” pelos adversários, que descobriram antídotos táticos eficazes para anular as principais jogadas, sobretudo a marcação pressão e as transições rápidas, maiores características da equipe celeste.

Por sua vez, o técnico português não criou até o momento variações táticas para a equipe, ou seja, a Raposa sob seu comando só atua de uma maneira, o que tem facilitado a tarefa dos adversários.

FIM DE PAPO

O Flamengo assombrou todo o futebol brasileiro e do continente ao fechar, no início da semana passada, com uma casa de apostas contrato de patrocínio que prevê valor fixo próximo de R$ 250 milhões por ano, podendo chegar a R$ 270 milhões, incluindo bônus. Este valor é absurdamente maior do que o de todos os seus concorrentes, supera inclusive os que recebem Palmeiras e Corinthians somados por ano.

Dentro de campo, o rubro-negro carioca mostrou claramente que está em um patamar superior a todos os adversários, ao atropelar, na última quarta-feira, o Internacional, por 2 x 0, no lotado Beira Rio, classificando-se para as quartas de final da Libertadores. A melhor definição para a exibição de gala do Flamengo foi de Eduardo Gabardo na transmissão da Rádio Gaúcha: “Parecia jogo de um time profissional contra uma equipe amadora ou sub-20”, disse o radialista.

O massacre de torcedores do Universidad do Chile por outros do Independiente, na Argentina, ocorrido na última quarta-feira, em jogo da Copa Sul-Americana, não pode ficar impune. Já se sabe que os chilenos iniciaram as agressões, mas a barbárie foi praticada pelos argentinos, e por isso as duas equipes deveriam ser punidas de forma exemplar, que seria a exclusão de ambos os clubes da competição atual e a suspensão por dois a cinco anos das disputas promovidas pela Conmebol. Deveriam, também, decretar luto e paralisar todos os campeonatos em disputa no continente por uma ou duas semanas, a fim de discutir medidas para acabar com essa violência injustificável praticada sob o manto do futebol.

Nesse contexto, merece destaque a atitude do presidente do Godoy Cruz, Alejandro Chapini, que de maneira educada, civilizada, fez questão de recepcionar pessoalmente os cerca de 200 torcedores do Galo que foram ao acanhado e histórico Estádio Feliciano Gambarte, na última quinta-feira, para torcer pelo Galo. Que a sua atitude exemplar sirva de inspiração para outros dirigentes, não só da Argentina, mas de todo o continente, sobretudo do Brasil, pois futebol não é guerra, não é uma questão de vida ou morte. Vidas humanas importam. (Fecha o pano!)

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