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16 de agosto, de 2025 | 14:00

Golpistas se passam por advogados e fazem vítimas no Vale do Aço

Dois casos similares foram registrados nesta sexta-feira. Em um deles, o prejuízo foi de cerca de R$ 15 mil

OAB/RJ
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Dois casos de estelionato similares foram registrados no Vale do Aço nesta sexta-feira (15). O golpista fingiu ser o advogados das respectivas vítimas e recebeu dinheiro via Pix.

O Diário do Aço apurou junto a fonte ligada a Polícia Militar que por volta das 8h40 de sexta, um homem de 31 anos acionou os militares alegando ter sido vítima do golpista. O prejuízo foi de R$ 14.888.

A vítima alegou que o bandido teve acesso a dados pessoais e que lhe passou várias informações referente ao processo que ela tem na Justiça. Por meio de um outro número telefônico, com DDD do Mato Grosso, os golpistas se passaram também por juiz falando sobre uma suposta audiência para registro do pagamento que a vítima receberia pelo ganho de causa e que o valor seria de aproximadamente R$ 60 mil.

Posteriormente foi solicitado à vítima duas transferências via Pix para uma chave aleatória totalizando o valor de R$14.888,00 para custos adicionais do processo.

Após término do contato, a vítima ligou para seu advogado no telefone celular de costume e foi informado por ele que não mandou nenhuma mensagem e que se tratava de um golpe. Em seguida ela fez contato com seu banco pedindo contestação dos valores. O caso foi registrado em Ipatinga.

Mais golpe
No mesmo dia, em Santana do Paraíso, por volta das 17h30, uma mulher de 50 anos também acionou os policiais alegando que também foi vítima de estelionato. O modus operandi é idêntico. Ela informou que tem um processo judicial em andamento, e o golpista se passou pelo seu advogado, alegando que a causa já estava ganha e que entraria em contato com a vítima para conversarem sobre os trâmites.

O bandido solicitou a quantia de R$ 499 via pix, a ser transferida para a conta de Jéssica Leguth Lima, no banco Will Financeira S.A.

A vítima entrou em contato com a agência de um banco em Ipatinga, para fazer o bloqueio da conta. Ela ainda detalhou que durante uma chamada de vídeo com o golpista, ela seguiu as orientações repassadas por ele, que por sua vez, conseguiu acessar sua conta bancária e ver todas as suas ações.

Ao perceber que se tratava de um golpe, a mulher entrou em contato com seu advogado. Consta ainda que o golpista utilizou o nome de Dr. Romário Oliveira Chagas, pelo número de telefone (31) 9655-8224, que é diferente do número de seu advogado verdadeiro. O sujeito, além de praticar o crime de estelionato, também cometeu o crime de falsidade ideológica, previsto no artigo 299 do Código Penal.

Medidas de prevenção
Os golpes geralmente começam com o acesso indevido a informações públicas de processos judiciais. Com esses dados, criminosos entram em contato com partes envolvidas nas ações — especialmente em causas com previsão de liberação de valores — se passando por advogados ou integrantes de escritórios. O contato ocorre, geralmente, por aplicativos de mensagens, com o uso de nomes reais, fotos e até logotipos, o que reforça a ilusão de legitimidade.

As vítimas, muitas vezes em situação de fragilidade emocional ou econômica, são induzidas a realizar pagamentos via Pix com a promessa de recebimento de valores judiciais.

A OAB Nacional elaborou uma cartilha que traz orientações práticas para que os cidadãos possam identificar e evitar esse tipo de golpe. Entre os principais cuidados recomendados pela entidade estão:
- Confirmar a identidade do advogado por meio dos contatos já conhecidos ou previamente informados no contrato de prestação de serviços;
- Evitar qualquer tipo de pagamento solicitado por mensagens ou ligações, sem a devida checagem;
- Desconfiar de pedidos urgentes de transferência via PIX, especialmente quando envolvem valores a serem supostamente liberados pela Justiça;
- Guardar prints de conversas e comprovantes, que devem ser levados à delegacia para registro de boletim de ocorrência.

As orientações são baseadas em experiências consolidadas por seccionais da OAB em todo o país e também em materiais de apoio desenvolvidos pelas comissões de prerrogativas e fiscalização.

*Com informações da OAB
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