15 de agosto, de 2025 | 08:45

Casos de câncer tratados em unidade de oncologia de Ipatinga crescem em torno de 10% ao ano

Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
A Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha, que faz parte da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), é referência em tratamento oncológico para 87 municípios, que representam em torno de 1,6 milhões de habitantes. Para muitos pacientes, a única oportunidade de tratamento é em Ipatinga. À reportagem do Diário do Aço, o oncologista e coordenador médico da unidade, Luciano Viana, detalhou que os casos de câncer atendidos no local crescem em torno de 10% ao ano.

Segundo afirmou Luciano, em 2023, haviam 2.500 pacientes em tratamento de câncer na unidade, que subiu para 2.800 no ano seguinte. “Esse é o número de pacientes novos tratados. Muitas vezes, são tratamentos longos. Somamos os casos novos a aqueles pacientes que ainda estão em fase de tratamento dos anos anteriores”, esclareceu.

O oncologista menciona que são recebidos entre 200 e 250 pedidos novos de cadastros pela Secretaria de Saúde de Ipatinga. “Se olharmos num passado próximo, em 2021, isso representa um aumento de 29%. Se olharmos ainda mais de perto, em 2023, 9%”.

A FSFX conta com sete oncologistas clínicos e mais algumas especialidades que atuam dentro da oncologia, somando, ao todo, 21 profissionais. Dentre essas especialidades, estão o oncopediatra, oncohemato, cirurgião oncológico, rádio-oncologista, e cirurgião de cabeça e pescoço. Há, ainda, cirurgiões de diversas especialidades que não são exclusivos da área oncológica, mas oferecem suporte.

A maioria dos tratamentos oncológicos podem ser feitos no Hospital Márcio Cunha. Apenas o transplante hematológico e o transplante hepático precisam contar com o auxílio da cidade de Belo Horizonte.

Atendimento
Ao jornal, o médico explicou que os pacientes podem ser atendidos na Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha tanto por meio do Serviço de Autorização Médica (SAM) quanto pelo SUS Fácil. “Temos a parte ambulatorial, pacientes eletivos que têm um diagnóstico mas uma condição clínica boa. Independentemente de qual cidade ocorre o diagnóstico ou suspeita, ele é cadastrado pelo SAM, e agenda uma consulta com prazo muito curto. O paciente também pode estar debilitado ou internado na cidade de origem e vem via SUS Fácil. Também recebemos da rede privada”.

Para o coordenador médico do centro, é importante que os pacientes tenham uma cidade de referência que ofereça um suporte humanizado, acessível e efetivo, aumentando as chances de cura da patologia. “Além da prevenção e diagnóstico precoce, é preciso ter estrutura e profissionais especializados, condensados em áreas estratégicas para a população”, finalizou.