12 de agosto, de 2025 | 06:00

Outra derrota

Fernando Rocha

O Cruzeiro sofreu a segunda derrota no Mineirão - 2 x 1, de virada -, para o Santos de Neymar, depois de dominar amplamente na primeira etapa e ter feito apenas um gol, mas acabou sendo dominado e derrotado no segundo tempo.

O técnico santista Cleber Xavier foi fundamental para o resultado favorável ao Peixe, com as três mexidas feitas no intervalo: Rollheiser, Barreal e Rincón saíram para as entradas de Tiquinho Soares, Zé Rafael e Caballero, o que alterou completamente o panorama da partida.

Esse atacante paraguaio, Caballero, de 23 anos, contratado junto Nacional do Paraguai, arrebentou com o jogo, fez o cruzamento para o gol de empate de Guilherme, aos 18 minutos, e ainda fez o gol da virada, aproveitando assistência de Zé Rafael.

A China Azul – com 59.345 torcedores presentes e renda de R$ 4.144.274,60 - deixou o Mineirão chateada e com razão, depois de mais um tropeço em casa, o que aumenta ainda mais o tom das cobranças na diretoria pela contratação de reforços.

Empate ruim
Vasco da Gama e Atlético fizeram uma partida fraca tecnicamente, mas bastante movimentada e equilibrada, sendo o empate de 1 x 1 ruim para as duas equipes.

O cruzmaltino carioca criou mais chances de gol que obrigaram o goleiro Éverson a fazer, pelo menos, quatro defesas espetaculares. Mas a melhor oportunidade foi desperdiçada pelo atacante Biel, aos 36 minutos do 2º tempo, que chutou por cima do travessão mesmo estando completamente livre e sem goleiro, o que poderia ter sido o gol da vitória atleticana.

O técnico Cuca só poupou um jogador titular, Hulk, mas parece ter sido surpreendido com o gol de Gabriel Menino, o mais rápido da competição até agora, aos 30 segundos da partida, o que desarrumou taticamente a equipe alvinegra.

O Galo não conseguiu se impor diante de um adversário inferior tecnicamente, mas muito aguerrido, além de turbinado pelo apoio da sua torcida que lotou o velho e tradicional Estádio de São Januário.

FIM DE PAPO

Foram, de modo geral, novamente, desastrosas as atuações da arbitragem e do VAR nesta 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. O gol do Vasco, aos 18 minutos do 1º tempo, saiu de um pênalti assinalado pelo árbitro capixaba, o péssimo dos péssimos, Davi de Oliveira Lacerda, que, de frente para o lance, nada marcou, mas voltou atrás ao ser acionado pelo VAR, o que prejudicou o Galo. No Mineirão foi a vez do incompetente Wilton Sampaio (GO) prejudicar o Cruzeiro ao anular um gol legítimo de Kaio Jorge, quando o jogo estava empatado, marcando falta de Matheus Pereira em Zé Rafael em lance anterior.

Em ambos os casos, as possíveis faltas cometidas por Cuello em Philipe Coutinho e Matheus Pereira em Zé Rafael foram lances interpretativos e o VAR não poderia interferir recomendando a revisão dos lances. A regra que regulamenta a atuação do VAR diz, textualmente: “O árbitro de vídeo (VAR) pode recomendar uma revisão de lance ao árbitro principal em quatro situações cruciais: gol/não gol, pênalti/não pênalti, cartão vermelho direto e confusão de identidade”. No caso de pênaltis, a regra acrescenta: “O VAR também pode recomendar a revisão quando houver um ‘erro claro e óbvio’ ou ‘incidente grave perdido’”. Não foi este o caso dos dois lances, pois as possíveis faltas cometidas se tratavam de lances interpretativos, que são de critério exclusivo do árbitro.

Caso continue assim, não vamos precisar mais do árbitro em campo, auxiliares de linha etc. Bastará o VAR, lá de cima, ir ditando o que deve ser marcado pelo assoprador de apito dentro de campo. O VAR é necessário e fundamental para corrigir injustiças e erros graves, mas não é recomendável a sua intervenção desmedida como vem ocorrendo no futebol brasileiro. Qualquer disputa de jogo vista em câmera lenta aumenta a probabilidade de se ver falta no lance, além dos nossos árbitros usarem o VAR como muleta de responsabilidades que são suas.

Nenhum torcedor cruzeirense questiona o excelente trabalho do técnico Leonardo Jardim, que conseguiu transformar um elenco mediano em um time competitivo e que está brigando pelo título. O problema é que o trabalho de Jardim parece ter batido no teto, pois as peças que têm à sua disposição, seja no banco ou como titulares - casos de Wanderson, os dois Lucas, Cristian, Marquinhos, Willian, Fagner, Kaíke, Bolasie, entre outros, já deram tudo o que têm a oferecer. O que mais chateia a torcida azul é a inércia da diretoria no encaminhamento de contratações pontuais de qualidade, pois já se passou quase um mês da abertura da janela e nada de reforços. (Fecha o pano!)

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