08 de agosto, de 2025 | 17:54
Responsável por obra que gerou transtornos em restaurante no Cidade Nobre alega que reforma foi impedida
Anderson Figueiredo
Construtor Wesley Alves da Rocha, responsável pela obra, afirma que está aberto a possíveis negociações
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço 
O construtor Wesley Alves da Rocha, da Rocha Construtora, responsável pela obra que gerou transtorno na avenida Monteiro Lobato, no bairro Cidade Nobre, em Ipatinga, apresentou sua versão à reportagem do Diário do Aço após o dono do estabelecimento vizinho relatar prejuízos com a queda de uma contenção e reclamar da falta de previsão de ressarcimento e reparos. O construtor alega ter sido impedido de dar continuidade à reforma e que está aberto a possíveis negociações. No entanto, o proprietário do restaurante Honkan, Cleidson Coelho, nega essa versão.
O problema ocorreu quando uma contenção vizinha ao restaurante cedeu durante uma escavação, fazendo com que o muro que divide os terrenos caísse no dia 17 de julho de 2025. Trata-se de uma escavação de aproximadamente sete metros de profundidade, onde ficarão dois níveis de estacionamento subterrâneo em um edifício comercial de outros oito andares a partir do nível da rua, construído ao lado do restaurante, que precisou ser interditado e está fechado até hoje.
Ao jornal, Wesley detalhou que os motivos que fizeram o muro de arrimo ceder, levando uma parte de um estabelecimento vizinho, ainda não são conclusivos.
Diante do ocorrido, acionamos imediatamente a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, que constataram que o Auto de Vistoria do restaurante está vencido desde 2019. Não sei se poderiam operar. Também acionamos a Polícia Municipal para nos auxiliar com o trânsito”, relatou.
Alegou, ainda, que os representantes do restaurante foram convocados pela construtora para serem tranquilizados sobre a situação, sendo decidido que num primeiro momento a resolução seria restaurar o muro de arrimo.
Passamos um cronograma aproximado para reerguer o muro e conseguimos finalizar com uma semana de antecedência. Neste intervalo, pedimos uma prévia de faturamento, o que não foi fornecido. Quando fizemos essas petições, exigiram que saíssemos do estabelecimento, o que cumprimos prontamente”, contou.
Reforma
Segundo o construtor, na quarta-feira (6), os impactados foram comunicados que a reforma do restaurante seria iniciada, e os materiais e mão de obra haviam sido mobilizados para acelerar o processo.
Passamos, inclusive, um prazo de entrega, mas fomos surpreendidos com a exigência de não dar continuidade à reforma. Já havíamos iniciado alguns reparos a pedido deles. Contudo, estamos abertos a um acordo justo e factível, mas impossibilitados de dar continuidade”, informou.
À reportagem, ele acrescentou que a Rocha Construtora está no mercado há 15 anos com vários empreendimentos, tendo empregado diretamente e indiretamente mais de 200 pessoas que desempenham trabalhos de excelência junto à empresa.
A grande maioria está conosco há mais de uma década. Temos todas as documentações de realização da obra pelos órgãos públicos, tanto que não fomos interditados. Mais uma vez ressaltamos que estamos à disposição para conversas para melhor resolvermos a situação”, concluiu.
À espera de solução
Em entrevista ao Diário do Aço nesta quinta-feira (7), Cleidson Coelho relatou que após o dia do ocorrido aguardou respostas por duas semanas e se dispôs a um possível acordo, mas segundo afirma, o responsável pela construção chegou a agendar uma reunião e não compareceu.
Também informou que todos os documentos necessários foram encaminhados e que a construtora deu a previsão de 15 dias de solução, pois neste período outro muro já teria sido feito. Segundo afirmou Cleidson, até o momento, somente a construção do muro está em andamento.
Contestação
Procurado novamente pela reportagem, o comerciante contestou a alegação do construtor e reafirmou que não houve nenhuma conversa sobre o impedimento da reforma, e nenhuma negativa foi apresentada ao construtor. Até porque não teve um acordo, esperamos ser procurados. Estamos abertos a um, ficamos esperando por semanas. O que não pode ser feito é uma obra com objetivo de maquiar a imprensa sem um laudo ou perícia técnica, e ter o risco de acontecer um novo erro. Nosso maior desejo é que coloquem a mão na consciência e resolvam isso”, finalizou.
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C.j
08 de agosto, 2025 | 21:15Sinceramente, o bate estaca estava nessa obra desde janeiro. Não sei o que houve, mas quebraram parte das estacas e estaquearam novamente após uns 3 meses, e para quebrar tiveram que escavar mais. Somando tudo deve dar quase 5 meses que o bate estaca ficou operando e tremendo o solo. Qualquer pessoa nas adjacências pode confirmar tal fato. Atualmente até o asfalto está cedendo na região da operação das máquinas. Com absoluta certeza, houve algo errado nessa obra! Até então nada de novo vindo dessa construtora, que em 2024 derrubou o muro do prédio vizinho conforme noticiado aqui neste jornal.”