03 de agosto, de 2025 | 06:00

Alma lavada

Fernando Rocha

Aconteceu o melhor dos mundos para o time e a torcida atleticana, que ainda comemoram a grande vitória obtida na última quinta-feira, sobre um dos seus maiores rivais, o Flamengo, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Desta vez, o time comandado pelo técnico Cuca se superou, mereceu a vitória que foi obtida à custa de muito empenho dos jogadores, que obedeceram e tiveram raça suficiente para fazer prevalecer a estratégia traçada pelo treinador.

Hoje, contra o Bragantino, pelo Campeonato Brasileiro, na Arena MRV, obviamente que a proposta tática da equipe muda para um viés mais ofensivo, porém, não deve se descuidar, pois o adversário é muito perigoso e não à toa briga na parte de cima da tabela.

O atleticano está “com a alma lavada e enxaguada”, como diria o personagem Odorico Paraguassu, representado pelo grande ator Paulo Gracindo na novela “O Bem Amado”, escrita por Dias Gomes, que fez enorme sucesso na década de 70 e foi exibida pela primeira vez na Rede Globo.

Gás acabou?
O entusiasmo do torcedor cruzeirense com o time não acabou, mas sofreu queda importante depois dos dois últimos maus resultados: a derrota para o Ceará, pelo Brasileiro, e o empate com o CRB, pela Copa do Brasil, ambos no Mineirão. O futebol imita a vida, cheia de altos e baixos, por isso sofre menos quem vê o jogo com os olhos da razão ao invés da emoção.

Falta ao Cruzeiro, comandado pelo português Leonardo Jardim, um ou mais jogadores de “beirada”, os antigos pontas, para furar retrancas e decidir jogos contra times que se fecham atrás e buscam apenas se defender.

A diretoria parece ter se acomodado com a boa fase do time e até agora não se mexeu no mercado para buscar este jogador, o chamado “quebra-linha”, com qualidade para chegar e ser titular.

Hoje, no Rio de Janeiro, contra o Botafogo, atual campeão nacional e da Libertadores, a expectativa é que o Cruzeiro tenha mais espaços para praticar o futebol que o levou à liderança, com destaque para Kaio Jorge, atual artilheiro do Campeonato Brasileiro.

FIM DE PAPO

Tão logo a CBF divulgou a escala da arbitragem para Flamengo x Atlético, com Raphael Klaus (SP) no apito, a desconfiança tomou conta da torcida atleticana. O presidente do Galo, Sérgio Coelho, deu entrevista externando a sua preocupação, alegando que Klaus tinha um histórico de problemas atuando em partidas do clube. E não deu outra: aos 7 minutos do 1º tempo, uma bola cruzada na área rubro-negra tocou claramente no braço do lateral Varela, pênalti claro a favor do Galo, mas o assoprador de apito fez vistas grossas e o VAR não o chamou para rever o lance. Não sou adepto de vitimismos, mas tenho dúvidas se este pênalti seria ignorado caso o lance fosse a favor do Mengão.

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, foi quem declarou apoio primeiro à eleição do atual presidente da CBF, o desconhecido Samir Xaud, médico e ex-presidente da Federação de Roraima. Na recente condenação do atacante do Galo, Dudu, a seis jogos de suspensão, por tê-la ofendido numa rede social, ficou claro o prestígio da dirigente nos bastidores da entidade, pois o caso que não se registrou dentro de campo deveria tramitar na esfera judicial e não na esportiva.

Na última quarta-feira, o Palmeiras voltou a ser mais uma vítima de erros da arbitragem, ao ter um gol anulado por erro no traçado das linhas pelo VAR. Se há males que vêm para o bem, isso talvez acelere a implantação do sistema de impedimento semiautomático, que já é usado com sucesso a bastante tempo nos principais campeonatos do mundo. O presidente da CBF anunciou que está procurando parceiros para bancar os investimentos na tecnologia, que custaria cerca de R$ 1 milhão por jogo. De fato, é caro ter esse sistema, mas é muito mais não tê-lo.

A atuação da árbitra Edina Alves Batista (SP) no empate entre Cruzeiro e CRB deixou a desejar por não ter aplicado cartão vermelho ao atacante Potker, após uma entrada criminosa no lateral Fagner, do Cruzeiro, cujo currículo é conhecido pelo histórico de violência contra colegas de profissão. Na sua rede social, Potker (ex-Cruzeiro) rebateu as críticas e ressaltou esse passado comprometedor do lateral cruzeirense. O tema foi motivo de muita discussão pelos internautas durante a última semana e um deles escreveu no “X”, antigo Twitter: "William de Oliveira Pottker acabou de vingar pelo menos um século de futebol brasileiro com essa entrada”. (Fecha o pano!)

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