01 de agosto, de 2025 | 08:00
Agosto Dourado: pediatra destaca importância da rede de apoio para sucesso da amamentação
Fernando Frazão/Agência Brasil
Segundo o Ministério da Saúde, o ato de amamentar é bom não só para a saúde do bebê, como também para a saúde da mulher

Por Bruna Lage - Repórter Diário do Aço
Na campanha Agosto Dourado, que tem início nesta sexta-feira (1/8), profissionais da saúde e autoridades ligadas ao público infantil reforçam a importância do aleitamento materno. Esse líquido precioso faz toda a diferença na vida do bebê, conforme explica a pediatra Naiara Ferreira, que atende no Vale do Aço.
A médica observa que a campanha leva esse nome em alusão ao padrão ouro do leite materno em relação a qualquer outro leite oferecido ou mesmo à fórmula infantil. Naiara lembra que o leite materno é um alimento completo e dinâmico, porque além dos nutrientes fundamentais e de qualidade para o bom crescimento e desenvolvimento do bebê, também protege de doenças agudas como as respiratórias, as diarreicas e doenças crônicas, como obesidade, diabetes e outras que se desenvolvem na fase adulta.
E ele é dinâmico porque dia após dia se modifica para atender às necessidades do bebê. Sendo assim, é fundamental e extremamente importante que a amamentação se estenda o máximo possível nos primeiros dois anos de vida e de forma exclusiva nos primeiros seis meses, que é o período mais crítico de desenvolvimento e crescimento, considerando os primeiros dois anos de vida”, alerta a médica.
Arquivo pessoal
A pediatra Naiara Ferreira reforça a necessidade de amamentar o bebê e seus benefícios

Rede de apoio
No entanto, para que a amamentação ocorra e, em especial, a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses, é necessário que a mãe tenha uma rede de apoio que se estende do seu companheiro ou companheira, mãe, pai, irmãos. Não só como presença física, mas também como uma rede de apoio psicológica, porque não é fácil passar pelo puerpério e não é fácil manter uma amamentação exclusiva numa sociedade em que essa mulher tem múltiplas funções e múltiplas demandas físicas e emocionais. E a rede de apoio dessa mãe nutriz, desse binômio mãe-filho, se estende aos profissionais que a cercam, sendo eles em especial os obstetras, os pediatras e a Enfermagem, tanto na maternidade, quanto na alta, considerando as possibilidades de orientadoras de amamentação que hoje nós temos com muita qualidade”, conclui Naiara Ferreira.
Aleitamento
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a recomendação é que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade. E que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os dois anos de idade. Além disso, a hora de ouro (golden hour) é a primeira hora da mãe com o recém-nascido. Com o intuito de possibilitar o contato da mãe com o bebê imediatamente após o parto, este momento foi idealizado para promover a continuação do vínculo que começou durante a gestação e ajudar o bebê na transição do útero para o ambiente externo.
Segundo o Ministério da Saúde, o ato de amamentar é bom não só para a saúde do bebê, como também para a saúde da mulher, pois reduz as chances de sangramento pós-parto; ou de desenvolver anemia, câncer de mama e de ovário, diabetes e infarto do coração. A amamentação ainda colabora com a mulher a perder mais rápido o peso que ganhou durante a gravidez.
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