29 de julho, de 2025 | 17:44

Após ser resgatada, cadela abandonada na bica da fonte do Ipaneminha aguarda um novo lar

Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
A cadela de pequeno porte, sem raça definida e possivelmente prenha, que foi abandonada na estrada rural do povoado de Ipaneminha, foi resgatada nesta terça-feira (29). O animal foi encontrado por ciclistas no fim de semana, que se assustaram com as condições precárias em que o animal estava. A nota com um vídeo mostrando a situação da cadela foi publicada pelo Diário do Aço na segunda-feira.

Quem fez o resgate foi a protetora independente Leyse Cristina Santos Oliveira e o marido dela, José Dias de Oliveira, ambos residentes de Ipatinga, após tomarem conhecimento da informação do abandono divulgada pelo site do jornal. Leyse afirma que, como moradora do distrito de Barra Alegre, conhece os locais onde o abandono tem se tornado frequente.

“Ao chegarmos, nos deparamos com uma cena lamentável: uma cadelinha visivelmente desnutrida, faminta, assustada e com infestação severa de parasitas”, conta.

A protetora de animais também alega que mesmo com a estrutura limitada para resgates e acolhimentos, ela e o marido não conseguiram ignorar o fato. “Resgatamos a cadela, administramos a medicação antiparasitária, oferecemos alimento e fizemos a higienização possível no momento”.

Agora, o próximo passo é conseguir um lar temporário para que ela possa se recuperar com dignidade até estar pronta para uma adoção responsável, destaca a mulher. “O abandono de animais é crime. A omissão também. Se você pode ajudar de alguma forma — com lar, doação de medicamento ou compartilhando — entre em contato conosco”, acrescenta.

Os interessados devem entrar em contato por meio do Instagram @leyse.cristina. Já quem quiser contribuir financeiramente para os mantimentos do animal pode utilizar a chave Pix 31975448101, conta aberta em nome de Leyse Cristina Santos Oliveira, no banco Itaú.

Crime
O abandono de cães e gatos é crime no Brasil, considerado maus-tratos e passível de punição. A pena para abandono de animais, incluindo cães e gatos, varia de acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) e a Lei nº 14.064/2020, que aumentou as punições para casos de maus-tratos a cães e gatos.

A legislação prevê detenção de 3 meses a 1 ano e multa para crimes ambientais, e a Lei nº 14.064/2020 aumentou a pena para 2 a 5 anos de reclusão, além de multa e proibição da guarda do animal.

A pena prevista é a detenção de 3 meses a 1 ano e multa, conforme a Lei de Crimes Ambientais, para quem pratica maus-tratos a animais, incluindo o abandono.

Além disso, pode ser decretada a proibição da guarda. A Lei 14.064/2020, que ficou conhecida como Lei Sansão, aumentou as penas para maus-tratos a cães e gatos, incluindo o abandono.

Aumento da pena em caso de morte: se o abandono resultar na morte do animal, a pena pode ser aumentada em 1/3, segundo a legislação.