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24 de julho, de 2025 | 09:10

Queima prescrita será feita em Timóteo para prevenir incêndios florestais

IEF/Divulgação/Imagem Ilustrativa
Brigadistas participam de atividade de queima prescrita para prevenção de incêndios florestaisBrigadistas participam de atividade de queima prescrita para prevenção de incêndios florestais
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
Nesta quinta-feira (24), será promovida no bairro Alphaville, em Timóteo, a partir das 8h, a queima de modo controlado em áreas próximas aos limites do Parque Estadual do Rio Doce (Perd). A informação foi divulgada pelo gerente do parque, Vinícius Moreira, por meio de uma publicação no Instagram.

A queima prescrita é feita pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) por meio da Brigada de Incêndio do parque, com apoio do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e Defesa Civil Municipal de Timóteo.

Esse método tem como objetivo prevenir incêndios florestais nas áreas protegidas da Unidade de Conservação com a preparação do aceiro negro. A técnica está legalmente prevista e é utilizada pelos órgãos competentes no governo federal e no governo de Minas Gerais.

O procedimento será feito no Alphaville por ser uma área com histórico de incêndios próximos ao Perd. O IEF ressalta que a prática não traz nenhum risco para os moradores vizinhos, apesar de poder ter algum inconveniente com fuligem e fumaça em alguns momentos, por ser inerente à atividade.

Fogo como ferramenta de conservação
Em abril deste ano, o IEF, por meio do programa Previncêndio, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), promoveu o Curso de Queimas Prescritas, uma capacitação técnica voltada à formação de profissionais que atuam na prevenção e no combate a incêndios florestais.

A ação é uma das práticas previstas no Manejo Integrado do Fogo (MIF), estratégia que busca equilibrar o uso do fogo de forma controlada e planejada para preservar ecossistemas e reduzir o risco de incêndios severos.

O uso do fogo em áreas naturais é um tema que ainda enfrenta resistência. “Por anos acreditamos que o fogo era exclusivamente nocivo. Hoje sabemos que sua exclusão pode até aumentar a severidade dos incêndios, especialmente em áreas sensíveis como as Unidades de Conservação”, explica Rodrigo Belo, gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do IEF.

A prática é também chamada de manejo do fogo e abrange, ainda, técnicas de aceiro negro, de fogo de supressão ou equivalentes, para reduzir a ocorrência ou a severidade dos incêndios florestais, bem como combatê-los, quando em propagação.

O aceiro negro é a técnica de confecção de aceiro que usa o fogo em faixa de terreno de largura e comprimento variável, de forma planejada, monitorada e controlada, para fins de prevenção ou de combate a incêndio florestal. Já o aceiro comum é a faixa onde a continuidade da vegetação é interrompida ou modificada com a finalidade de dificultar a propagação do fogo e facilitar o seu combate com o uso de pessoal ou maquinário para a capina.

Decreto
Em abril de 2020, o governador Romeu Zema (Novo) assinou o Decreto Estadual 47.919/2020, que regulamenta o manejo do fogo no interior e no entorno das Unidades de Conservação administradas pelo IEF.
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Comentários

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B2@

24 de julho, 2025 | 20:09

“Olha, olha....vai brincar com fogo....e a poluição? Como fica? As pessoas alérgicas? Tem que ser muito prudente para não prejudicar as pessoas no entorno.”

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