
23 de julho, de 2025 | 13:55
SAF do Atlético promete normalizar pagamentos nesta quarta-feira
A turbulência financeira que há tempos assombra o Atlético ganhou novos capítulos nesta semana, com cobranças judiciais e extrajudiciais de jogadores contra o clube. O episódio mais rumoroso envolveu o atacante Rony, que chegou a protocolar uma ação na Justiça do Trabalho contra a SAF alvinegra, mas voltou atrás no início da noite de terça-feira (22) após reunião com a diretoria e integrantes do Conselho do clube.
O Chief Sports Officer (CSO) do Atlético, Paulo Bracks, em entrevista à Rádio Itatiaia de Belo Horizonte, negou que o atleta tenha pedido rescisão contratual. O Rony não pediu para ir embora. Treinou normalmente, cumpriu seus compromissos. Não houve pedido para ele não jogar mais ou de rescisão de contrato”, afirmou. Bracks também garantiu que a situação geral com o elenco está sob controle: CLT está rigorosamente em dia. A imagem está com um dia de atraso. Temos alguns desarranjos com luvas, que serão resolvidos pontualmente. Está tudo certo, tudo normal”.
Apesar da tentativa da diretoria de passar tranquilidade, o ambiente nos bastidores é tenso. A crise se agravou com a divulgação de notificações extrajudiciais feitas pelos meias Gustavo Scarpa e Igor Gomes e pelo lateral-esquerdo Guilherme Arana, devido a atrasos em pagamentos. Outros, como Bernard e Lyanco, negaram ter acionado o clube, o que demonstra uma divisão no grupo. Parte dos jogadores considera legítima a cobrança, enquanto outros defendem aguardar o cumprimento de promessas feitas pela diretoria.
Os atrasos envolvem salários, direitos de imagem e luvas. A folha de pagamento de julho foi quitada no dia 15, com dez dias de atraso, enquanto o direito de imagem, vencido em 20 de julho, está em aberto. Segundo a direção atleticana, os valores atrasados devem ser regularizados nesta quarta-feira (23), com recursos aportados pelo empresário Rubens Menin, sócio majoritário da SAF.
A grave situação financeira do clube, que já acumula dívida superior a R$ 1,4 bilhão, se agravou mesmo após o aporte de R$ 200 milhões feito por Daniel Vorcaro no início do ano. O valor, distribuído em seis parcelas, foi utilizado para manter o fluxo de caixa, mas não impediu novos atrasos nem as dificuldades para cumprir obrigações com outros clubes. O Galo deve a Corinthians, Athletico-PR, Cuiabá e Botafogo por contratações recentes como Fausto Vera, Cuello, Deyverson e Júnior Santos.
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