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23 de julho, de 2025 | 09:20

Consulta pública busca fortalecer gestão compartilhada do Parque Estadual do Rio Doce

Anderson Figueiredo
O processo de consulta visa aprimorar o edital de seleção de contrato de gestão compartilhada do PerdO processo de consulta visa aprimorar o edital de seleção de contrato de gestão compartilhada do Perd
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço O Instituto Estadual de Florestas (IEF) abriu uma consulta pública para receber sugestões sobre o edital que definirá a organização social responsável pela segunda etapa do projeto de consolidação do Parque Estadual do Rio Doce (Perd), unidade de conservação localizada no Vale do Aço, entre os municípios de Timóteo, Marliéria e Dionísio. O processo ficará aberto até 5 de setembro e permite contribuições de qualquer cidadão ou entidade interessada.

A consulta faz parte do Procedimento Público de Declaração de Interesse, previsto no Edital IEF nº 01/2025, e busca aprimorar os documentos relacionados ao futuro contrato de gestão do parque, incluindo minutas, termos de referência, critérios de avaliação, programa de trabalho e estimativa de custos.

Para o diretor-geral do IEF, Breno Esteves Lasmar, “a abertura desta etapa de escuta pública é fundamental para que possamos receber contribuições e sugestões de aprimoramento ao edital de seleção da Organização Social que firmará contrato de gestão com o IEF, visando à consolidação do Parque Estadual do Rio Doce — um dos nossos maiores patrimônios naturais. A conservação deste relevante fragmento da Mata Atlântica demanda planejamento, inovação e a participação ativa da sociedade”, afirmou.

Além do envio de documentos técnicos, pareceres ou propostas por e-mail, também será feita uma reunião pública virtual no dia 26 de agosto, às 14h, aberta a qualquer interessado, conforme instruções publicadas no site oficial do IEF.

Edital
O edital em debate visa selecionar uma entidade sem fins lucrativos, qualificada ou que deseje se qualificar como Organização Social (OS) do Estado de Minas Gerais, para celebrar um contrato de gestão com o IEF. O objetivo é apoiar ações que promovam a conservação dos recursos naturais do Perd, fortalecer sua capacidade operacional e garantir sua legitimação social, com foco no desenvolvimento sustentável do turismo.

A proposta abrange diversas áreas, como visitação e turismo, gestão da biodiversidade, suporte administrativo, gestão socioambiental e comunicação com as comunidades do entorno. As organizações participantes deverão executar as ações previstas e atingir as metas e indicadores definidos no contrato.

O Governo de Minas reforça que a iniciativa se insere na política estadual de promoção da governança ambiental e da transparência, além de incentivar a participação da sociedade civil na gestão de uma das mais importantes unidades de conservação da Mata Atlântica.

O Parque
Criado em 1944, o Parque Estadual do Rio Doce é a primeira unidade de conservação ambiental de Minas Gerais e uma das pioneiras do Brasil. Sob gestão do Instituto Estadual de Florestas, o parque possui 35.970 hectares e abriga a maior área contínua de Mata Atlântica do estado. Sua diversidade inclui árvores centenárias e um sistema lacustre com 40 lagoas naturais, um dos maiores do país.

Além da importância ecológica, o parque é reconhecido internacionalmente. Foi declarado Reserva da Biosfera pela Unesco e seu complexo de lagoas integra a Lista Ramsar, que identifica zonas úmidas de relevância global. A fauna protegida da Unidade de Conservação inclui espécies ameaçadas de extinção, como a onça-pintada e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas.

Além de passar o dia no parque, os visitantes também podem se hospedar na unidade de conservação. O valor da entrada é de R $25, e a área de camping custa R$ 55.

Também há alojamento individual por R$ 105; duplo R$ 160; triplo R$ 200; quádruplo R$ 240; e quíntuplo R$ 295.
Para utilizar a Casa de Pesquisador, é necessário pagar R$ 265, quando locada para visitantes. Já o auditório, que tem a capacidade para 100 pessoas, R$ 400. Os moradores de Timóteo têm isenção durante a semana e desconto de 50% em fins de semana.

O acesso ao parque pode ser feito pela BR-262 e MG-760, para quem vem de Belo Horizonte. A alternativa é seguir pela BR-381 e passar por Jaguaraçu, Marliéria, via Mirante do Pico Jacroá e povoado de Santa Rita. Outro caminho, para quem sai do Vale do Aço é passar pelo Distrito de Cava Grande. (Com informações do Sisema).
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Comentários

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Sinhá

23 de julho, 2025 | 16:03

“PERD é uma unidade de conservação permanente...mas tem um plano de manejo que só funciona no papel. Tem que passar a gestão dessa e outras unidades para parcerias privadas. Do que adianta ficar falando em preservação se na mão do estado nada funciona... serviços ruins...pessoal despreparado... infraestrutura precisando de reparo...A lagoa dom Helvécio só tem espécies exótica...a mesmo assim a pesca não e incentivada para controle dessas espécies...ou sem nada funciona”

Rodrigo

23 de julho, 2025 | 14:15

“Sincero, sua mente tá confusa. O PERD é uma área de preservação ambiental permanente e não um resort no Caribe.”

Sincero

23 de julho, 2025 | 11:40

“PERD é uma fazendinha semi particular de ambientalistas e ONGs. A infraestrutura é boa...porém, restaurante nao funciona, atrativos são limitados e a adm leva a vida do funcionário publico do pais...vista grossa. Quem visita o PERD encontra, calor, mosquitos e pouca orientação...até entendo, pois a maioria acha que o meio natural é a fofofauna....A viabilidade econômica de qualquer atividade precisa de ter retorno...até os barcos para o manejo da pesca no parque já irá definhar...Enquanto a turma achar que o PERD é fazendinha...não vai mudar nada....infelizmente...pura demagogia....”

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