
21 de julho, de 2025 | 15:49
Cemig registra quase 2 mil alertas de incêndio próximos à rede elétrica no 1º semestre de 2025
Divulgação
No ano passado, tecnologia da companhia detectou 18.969 focos de incêndio próximos de linhas de alta tensão em Minas Gerais

A Cemig registrou 1.896 alertas de incêndio próximos à sua rede elétrica apenas nos primeiros seis meses de 2025. Os dados são do Sistema de Monitoramento e Alerta de Queimadas (SMAQ) da companhia, que identifica focos de calor a até 1,5 km das linhas de distribuição e transmissão. A tecnologia permite que as equipes de campo sejam acionadas com agilidade, muitas vezes antes de o fogo atingir as estruturas da rede elétrica.
No primeiro semestre de 2024, quando foi registrado o pior ano de ocorrências de queimadas da história da Cemig, foram emitidos 4.073 alertas. Ao longo de todo o ano, o sistema registrou 15.293 ocorrências.
Com base nos alertas emitidos, o Centro de Operação da Distribuição (COD) da Cemig realiza o acionamento das equipes em campo para inspecionar as áreas com indicativo de focos de incêndio, e atuarem caso haja alguma queimada trazendo risco o à rede elétrica, principalmente linhas de alta tensão, responsável pelo fornecimento de milhares de clientes em Minas Gerais.
Segundo o engenheiro de ativos da Cemig, Taumar Morais, o sistema tem sido fundamental para evitar desligamentos e garantir o fornecimento de energia a mais de 9 milhões de consumidores da companhia em todo estado.
Quando a equipe chega ao local indicado pelo satélite e encontra uma queimada em andamento, que pode causar danos às torres de alta tensão, as equipes informam ao COD para que sejam iniciados os procedimentos de transferência de carga. Assim, evitamos a interrupção de energia e as equipes podem atuar com segurança”, explica.
Como funciona o SMAQ
O meteorologista da Cemig, Arthur Chaves, explica que o SMAQ utiliza sensores térmicos embarcados em satélites orbitais para mapear focos de calor em tempo real.
As informações são então processadas e filtradas, através de algoritmos próprios, com as coordenadas georreferenciadas da infraestrutura elétrica da empresa, permitindo uma resposta precisa e ágil”, detalha.
A integração entre o setor de Meteorologia da Cemig e os Centros de Operação da Distribuição (COD) e do Sistema (COS) tem sido essencial para a eficácia da estratégia. A companhia conta com uma equipe de meteorologistas que monitora continuamente as condições climáticas em sua área de concessão, que abrange 774 municípios mineiros.
Com base nesse monitoramento, são emitidos boletins e alertas que permitem a mobilização de equipes com até quatro horas de antecedência para as regiões mais vulneráveis.
Além de proteger a infraestrutura elétrica, a iniciativa busca mitigar os impactos sociais das queimadas. Interrupções no fornecimento de energia podem afetar hospitais, sistemas de abastecimento de água, bancos, centros comerciais e indústrias.
Com estes alertas, o COD aciona as equipes de campo para realizar inspeções diretamente no ponto de risco para o sistema elétrico, evitando inspeções em toda a extensão das linhas de distribuição de alta tensão, que possuem muitas vezes dezenas de quilômetros de extensão. Esta assertividade permite reduzir consideravelmente os impactos que um desligamento causado por queimadas pode provocar para o sistema elétrico e, principalmente, para os clientes da companhia”, afirma Taumar Morais, da Cemig. (Agência Minas)
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