16 de julho, de 2025 | 16:33
Audiência pública em Ipatinga discute medidas para acolher mulheres vítimas de violência
Divulgação
A violência física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial deixa cicatrizes profundas, não só nas vítimas, mas em toda a sociedade

Nesta quinta-feira (17), às 18h30, o auditório da Câmara Municipal de Ipatinga será palco de uma audiência pública que carrega um propósito urgente: discutir a criação do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) e da Casa Abrigo, espaços voltados para acolher e proteger mulheres em situação de violência de gênero. Com o tema Abrigo Seguro: Proteção e Dignidade para Mulheres em Situação de Violência”, a iniciativa convida a sociedade a enfrentar um desafio que marca nossa realidade: o combate à escalada da violência contra as mulheres, informou o governo municipal.
A violência física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial deixa cicatrizes profundas, não só nas vítimas, mas em toda a sociedade. Cada caso é um grito por mudança, uma lembrança de que vidas interrompidas e vozes silenciadas exigem ação.
Por isso, a audiência pública, requerida pelo vereador Pastor Fernando Castro e organizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), vai debater políticas públicas que ofereçam acolhimento humanizado, com serviços como atendimento psicossocial, orientação jurídica conduzida por profissionais como juízas e delegadas, oficinas de capacitação e espaços de convivência que promovam o fortalecimento das mulheres.
No centro dessa luta está o CRAM, um equipamento público projetado para ser um porto seguro. Com uma equipe de mulheres qualificadas, o serviço oferece atendimento sigiloso e gratuito, respeitando a autonomia de cada vítima e ajudando a resgatar sua autoestima. Seja por encaminhamento de órgãos como a Delegacia Especializada de Mulheres ou por iniciativa própria, qualquer mulher em situação de violência pode buscar ajuda no CRAM, sem a necessidade de uma denúncia formal. O espaço proporciona suporte psicológico, social e jurídico, além de articular com outros serviços da rede municipal para garantir proteção e caminhos para a reconstrução de vidas.
Acolhimento
A iniciativa também mira a prevenção. Além do acolhimento, o CRAM busca empoderar mulheres por meio de capacitação profissional e inclusão social, abrindo portas para a independência e a dignidade. Esse centro é mais do que um lugar de apoio; pode ser uma ponte para a liberdade, para que as mulheres possam sair da violência e exercer seu poder onde quiserem”, destaca o secretário de Assistência Social, Flávio Miranda.
Dados mostram que espaços especializados, como o CRAM, incentivam as mulheres a buscar ajuda e romper o ciclo da violência. Comparado aos atendimentos realizados nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), o CRAM se destaca por sua abordagem focada, oferecendo um ambiente acolhedor e preparado para as especificidades da violência de gênero. A criação do CRAM e da Casa Abrigo está alinhada à Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/2006), que reforça o direito das mulheres a uma vida livre de violência.
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