
15 de julho, de 2025 | 08:30
Em período de férias, passageiros relatam experiências com melhorias do novo trem da EFVM
Dani Roque
Com a operação de mais de 2 mil quilômetros de malha ferroviária, a Vale opera dois trens de passageiros e um trem turístico

Por Dani Roque Estagiária sob supervisão
A Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) é um dos principais meios de transporte do estado, que liga Minas Gerais à Grande Vitória, e conta com um trem de passageiros no qual centenas de pessoas viajam diariamente. A Vale, empresa que opera o trem, buscou inovar e melhorar cada vez mais os vagões, trazendo mais conforto e acomodação para todos.
Todos os dias, às 7h, um trem parte de Cariacica, na Região Metropolitana de Vitória, Espírito Santo, com destino a Belo Horizonte, chegando por volta de 20h30.
Já outro trem parte da capital mineira às 7h e encerra a viagem às 20h30, em Cariacica. Há também um trem adicional que faz o percurso entre Itabira e Nova Era, ambas em Minas Gerais.
No trem, há um carro que funciona como lanchonete, outro para restaurante, carro exclusivo para cadeirantes, ar-condicionado e serviço de bordo.
A nova frota reformada, com 34 novos vagões, começou a circular em fevereiro deste ano, e agora, em julho, período de férias escolares, é esperado maior movimento de passageiros.
Em entrevista ao Diário do Aço, passageiros contam como o novo trem tem proporcionado uma viagem mais tranquila e atrativa: Excelente. Muito confortável, muito bom, viajo sempre e costumo fazer o trajeto de João Monlevade para Governador Valadares. Antes, já achava o trem muito bom, não posso dizer que era ruim também não, mas ficou bem melhor. Nossa, é tanta coisa: o piso está lindo, os estofados, a poltrona, mesmo na classe econômica, muito confortável. Estou preferindo muito mais o trem do que carro ou ônibus”, é o que diz Luzia Bastos, de 53 anos.
Para Alexandra Pereira Barbosa, o conforto é o primordial, tendo em vista que o percurso que ela faz dura, em média, oito horas: Muito mais confortável em todos os sentidos. Em questão das poltronas, a gente não chega mais sujo de minério, antigamente tinha muito isso. Eu estou acostumada a viajar. E a questão do conforto em relação ao restaurante. Hoje estou na classe econômica, e estou me sentindo confortável. O ar-condicionado também, porque é um trajeto bem quente. Estou gostando bastante”, disse Alexandra, de 35 anos, que trabalha como conferente numerário, e está de férias com o filho, Davi Lucas, de sete anos. Saiu da capital Belo Horizonte e vai para o interior, na cidade de São Tomé do Rio Doce.
Já Alexsandra Silva, de 48 anos, Relações Públicas do Shopping Vale do Aço, notou a modernidade em relação ao trem antigo: O novo trem trouxe alguns benefícios. Está mais confortável. O banheiro, principalmente, ficou muito melhor, mais moderno e aconchegante. Estou viajando de classe executiva, mas também viajo de econômica e acho que está bem próximo, porque no antigo trem a econômica tinha um distanciamento da executiva que era visível. Mas hoje a percepção é um pouco menor. Sou apaixonada pelo trem e faço esse percurso há cinco anos, de 15 em 15 dias”, disse.
Quanto custa viajar de trem
Classe Econômica Ipatinga - Cariacica R$ 60 (Somente ida)
Classe Executiva Ipatinga - Cariacica R$ 91 (Somente ida)
Classe Econômica Ipatinga - Belo Horizonte R$ 39 (Somente ida)
Classe Executiva Ipatinga - Belo Horizonte R$ 63 (Somente ida)
De Belo Horizonte a Cariacica a passagem custa o valor de
R$ 81 na classe Econômica e R$ 116 na Executiva.
Para dúvidas ou mais informações, o passageiro pode entrar em contato com o Alô Vale pelo telefone 0800 285 7000 e também através do site: vale.com/pt/trem-de-passageiros.
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Mendes
15 de julho, 2025 | 18:56O governo brasileiro que impulsionou fortemente o transporte rodoviário em detrimento do ferroviário foi o de Juscelino Kubitschek, durante a década de 1950.”
José Carlos Mendes
15 de julho, 2025 | 18:54Arthur, não foi o regime militar que preferiu as rodovias em detrimento das ferrovias. O governo brasileiro que impulsionou fortemente o transporte rodoviário em detrimento do ferroviário foi o de Juscelino Kubitschek, durante a década de 1950.”
Rafael Miranda
15 de julho, 2025 | 11:32Trem de Ferro, ou mais conhecido como pé de ferro. Quantas boas lembranças deste querido...... Pra quem nunca viajou, não sabe o que está perdendo. E olha que eu viajei muito quando os carros não tinham ar condicionado, chegávamos no destino brilhando mais que estrela , rsrs. Era o maior barato!!!”
Arthur
15 de julho, 2025 | 09:26O Vale do Aço é privilegiado por ter essa opção de transporte, considerando que a outra opção acessível até BH e Vitória é a 3-8ruim. Uma pena a ditadura ter preferido as rodovias aos trens, ignorando totalmente o relevo diversificado que domina o país, principalmente nosso estado. Hoje colhemos os frutos dessa má escolha e possivelmente as próximas gerações ainda também irão, custando muitas vidas que são ceifadas diariamente nas rodovias. Não bastasse as ameaças a vida, agora pra se deslocar em uma rodovia minimante aceitável só pagando pedágio, muitas vezes caro e que nao considera a realidade socioeconômica regional, como é o que vamos ver ja a partir de 2026, para quem vai do Vale do Aço a BH ou GV. E o pior é saber que ha quem lute contra o transporte ferroviário nos dias de hoje..”