15 de julho, de 2025 | 06:00
O pinto pelado...
Nena de Castro *
Bom dia, meus queridos 5 leitores! Lá se foi mais uma semana galopando no corcel dos acontecimentos mundiais e começamos outra, torcendo por ventos bons, por acontecimentos repletos de bondade e esperança, pois o ser humano os possui e é possível vislumbrar cortinas de esperança sendo balançadas por ventos etéreos e perfumados, apesar de... Quando fui fazer meu texto, eu me lembrei dessa história, que conto com prazer.
Certo pintinho, coitado, quando saiu da casca, foi rejeitado pela mãe por ser feio demais. O pobrezinho continuou no galinheiro, mas era um zero à esquerda, um nada, todos batiam nele. Um dia, alguém da casa atirou uma folha de papel rabiscada e suja, e o pintinho entendeu que era uma carta pegou-a e foi levar ao rei queixando-se ao da sua situação. Pegou uma capanga, colocou a carta” nela e marchou para o palácio.
No caminho encontrou uma raposa que pediu para ir com ele, pulando para dentro da sacola, um rio que teria que atravessar, ao saber das suas pretensões, também pediu para ir junto. O pintinho concordou, o rio se encolheu, pulou pra dentro da capanga e a viagem continuou.
Adiante tinha um espinheiro que pediu para ir junto, e foi pra bolsinha de pano. O pinto continuou a jornada. Chegando ao palácio, pediu para falar com o rei, entregando-lhe o papel. Ao perceber que era um papel imundo, o rei Charles Xuxu com Limão deu um piti e mandou prender o pintinho no galinheiro real.
- Então é assim? indagou a raposa que avançou na galinhada e fez a festa.
Fugiram por um buraco na cerca e os guarda reais, montados em magníficos cavalos, armados até às dentaduras, foram atrás.
- Minha vez, disse o espinheiro - ocupando a estrada, e foi cavalo e cavaleiro pra todo lado.
O pinto continuou correndo, o exército atrás, e aí o rio espalhou suas águas e não ficou um pra contar a história.
Cansado, o pinto percebeu que estava de volta a seu antigo lar, deu vontade de cantar, cantou e logo se aproximaram umas franguinhas que puxaram conversa. Espantado, olhou pra vasilha de água e viu um galo bonito, de penas reluzentes e compreendeu que crescera. Passou a ser o dono do terreiro e me parece que foi bom e justo para os companheiros.
Na verdade, essa história O Pinto Pelado” é tão rica de detalhes e aprendizados na caminhada pela vida, a relação com o governante que governa geralmente para si mesmo e o seus... Uso o esse título para gozar o pinto calçudo americano que pensa governar o mundo, que nos taxou em 50%, mas cai o rei de ouros, cai o rei de paus, cai rei de espadas, cai não fica nada”.
Agora bão mesmo é ver os seguidores do coiso” tentando justificar a medida que nos ferra a todos, mas dá com pau no agronegócio.
Mudando de assunto passei a semana com Moá na UPA, causa de um problema no pé, e quebrei a cara com o tratamento que recebemos. Rapaz, fomos tratados com carinho e olha que ninguém me conhecia lá.
Como chorar não adiantava, comecei a cantar baixinho, contei Histórias para algumas crianças, fiz orações pra quem quis e o doutor Geraldo Martins, da Traumatologia, percebeu minha presença. Estava tão cheio que ele só pôde falar comigo no outro dia, disse que nunca ouviu ninguém cantando na UPA, expliquei que sou meio doidinha da cabeça, então lhe contei que sou Palhaça Contadora de Histórias, falei dos meus livros... Como sou doidinha, esqueci o papelim com os nomes das pessoas a quem fui apresentada. Agradeço à dra. Carmelinda e ao doutor Hugo pela atenção. Um grande abraço, Dr. Geraldo. E mais uma vez vejo os cuidados de Deus para comigo e os meus! Obrigada, Senhor! E nada mais digo! Au Revoir.
* Escritora e contadora de histórias
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Tião Aranha
15 de julho, 2025 | 10:32Nossa escritora falando das jabuticabas da vida.”