
24 de junho, de 2025 | 06:14
Acordo para compensar vítimas de fraudes no INSS é discutido no STF
José Cruz/Agência Brasil
A proposta visa permitir a devolução dos valores desviados e evitar que um grande número de vítimas precise entrar com processos judiciais para conseguir a indenização

Uma audiência hoje no STF pode acelerar a reparação para aposentados que tiveram descontos ilegais em seus benefícios desde 2019, feitos por supostas "entidades associativas". Às 15h desta terça-feira (24), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), conduzirá uma audiência para buscar um acordo. O objetivo é compensar aposentados e pensionistas que foram vítimas de fraudes, com descontos indevidos em seus pagamentos do INSS.
Esse caso está ligado à "Operação Sem Desconto", da PF, que desvendou um esquema onde pessoas eram forçadas a se filiar a associações e tinham descontos não autorizados em suas aposentadorias. Esses descontos aumentaram continuamente desde 2019, sem que o governo tomasse providências. Somente este ano, as investigações avançaram, e o caso se tornou um escândalo público.
A audiência contará com a presença de representantes da Advocacia-Geral da União (AGU), do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), da Defensoria Pública da União (DPU) e do Ministério Público Federal (MPF).
Esses órgãos devem apresentar uma proposta de acordo para permitir a devolução dos valores desviados. A ideia é evitar que um grande número de vítimas precise entrar com processos judiciais para conseguir a indenização.
Há duas semanas, a AGU pediu ao STF que o ressarcimento seja feito de forma administrativa, ou seja, sem a necessidade de processos na justiça. Isso poderia evitar multas e indenizações adicionais às vítimas.
Além disso, a AGU solicitou a suspensão do prazo de prescrição o tempo limite para as vítimas entrarem com ações judiciais enquanto o processo de devolução do dinheiro estiver em andamento.
Crédito extraordinário
A AGU também defende a liberação de crédito extraordinário para cobrir os pagamentos às vítimas. Esse valor estaria fora do limite de gastos previsto para 2025 e 2026.Esse pedido se baseia em decisões anteriores do Supremo, como a ADI 7064, que tratou do pagamento de precatórios, e a PET 12.862, que autorizou medidas emergenciais após as enchentes no Rio Grande do Sul.
O esquema de fraudes, investigado pela Polícia Federal, envolvia entidades que se apresentavam como associações de defesa dos aposentados. No entanto, as investigações revelaram que elas impunham descontos sem o consentimento dos beneficiários. Os prejuízos variam para cada pessoa, mas na maioria dos casos, o impacto foi direto no orçamento de idosos e pensionistas que dependem totalmente de sua aposentadoria ou pensão. (Com informações do STF e da Agência Brasil)
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Antonio
24 de junho, 2025 | 09:46A negativa da revisão da vida toda, foi um grande golpe do estado contra os trabalhadores, que tiveram suas aposentadorias reduzidas, e o supremo endossou.”
Augusto dos Anjos
24 de junho, 2025 | 07:57Uma coisa é criar a falácia de que aa vítimas devem ser indenizadas, outra coisa é apurar a responsabilidade brutal deste rombo que vai gerar no caixa previdência.
CPMI, está vindo aí.”
Cidadão
24 de junho, 2025 | 06:27Uma coisa é certa. Com o enxame de advogados ávidos por uma grana, o primeiro que furar a bolha abrirá a porteira para ações intermináveis na Justiça, até sangrar os cofres mantidos com suado dinheiro do pagador de impostos.”