24 de junho, de 2025 | 08:45

Neste ano, brincadeiras com pipas já deixaram mais de 900 residências sem luz no Vale do Aço

Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Somente no ano passado, 7.412 pessoas ficaram prejudicadas na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) devido a interferências de pipas na rede elétrica. Já neste ano, até o mês de abril, 907 clientes da Cemig tiveram problemas. A informação foi apurada pela reportagem do Diário do Aço junto a companhia.

Em 2024, Ipatinga registrou 15 ocorrências relacionadas a essa interferência, chegando a 3.349 incidentes. Em Coronel Fabriciano, foram 13 ocorrências, com 2.670 clientes afetados.

Já em Timóteo, houve somente três ocorrências, o que resultou em uma quantidade de 1.393 unidades consumidoras sem luz. Em Santana do Paraíso, não foi registrada nenhuma ocorrência.

Neste ano, Ipatinga contabilizou quatro casos, que, ao todo, impactaram 867 residências. Em Fabriciano, houve só um caso, deixando 40 casas com danos na energia.

Conforme divulgado pela Cemig, as pipas não devem ser soltas em áreas urbanas, somente em locais abertos e distantes da rede de distribuição. Caso a pipa fique presa em um componente da rede elétrica, é possível que uma pessoa sofra um choque de até 13.800 volts. Também não é recomendado tentar resgatar as pipas, tendo em vista os riscos de acidentes.

Lei proíbe uso de linhas cortantes
A Lei 23.515/2019 proíbe a utilização de cerol ou linha chilena no estado. Essa legislação, que veda a comercialização e o uso de linha cortante em pipas, papagaios e similares, está em vigor desde dezembro de 2019.

A multa para quem for flagrado vendendo linhas cortantes varia de R$ 5.531 a R$ 276 mil (em casos de reincidência).

Quando a linha cortante apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, os pais ou responsáveis legais serão notificados da autuação, e o caso será comunicado ao Conselho Tutelar.