
20 de junho, de 2025 | 09:45
Motociclistas podem proteger veículos de roubos e furtos por até R$ 480 em Ipatinga
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
Face à onda de furtos e roubos de motocicletas, a reportagem do Diário do Aço fez um levantamento em lojas de Ipatinga que trabalham com acessórios para esses veículos. Cada representante dos estabelecimentos citou quais são os principais recursos de segurança para dificultar os crimes e quanto custam, do mais barato ao mais sofisticado.
Em uma loja situada na avenida Cláudio Moura, no Centro, os itens mais procurados pelos motociclistas são o cadeado tradicional, que custa em média R$ 60, e a chave geral, que varia entre R$ 30 e R$ 50, dependendo da mão de obra cobrada por cada modelo de moto.
O mecânico Leandro Baia acrescenta que outra opção é o alarme, mas o produto é mais difícil de se encontrar. Nós, por exemplo, não instalamos o alarme. A maioria das oficinas de moto não trabalha com ele. Quando você compra uma moto nova e coloca alarme nela, você perde a garantia. Tem que ser colocado na concessionária”.
Segundo o mecânico, tudo o que o motociclista puder fazer para garantir a segurança é um benefício. Se em um local tiver duas motos paradas do mesmo jeito, uma com o cadeado e outra sem, a que estiver mais fácil vai ser levada, porque o ladrão é oportunista”, alertou.
Isabelly Quintão
Cadeados tradicionais custam cerca de R$ 60, enquanto os articulados chegam a quase R$ 90

Leandro afirma que, muitas vezes, as pessoas deixam de se prevenir porque não têm conhecimento sobre os produtos existentes para a proteção. A pessoa pode ter moto a vida inteira, mas nunca ouviu falar. Muitos lugares não fazem determinadas instalações, por isso a maioria das pessoas não instala dispositivos como esses. Mas quando apresentamos os produtos, tem muita gente que coloca”.
Jeito brasileiro
Já em uma loja localizada na avenida Londrina, no bairro Veneza II, o tranca disco com lembrete custa R$ 79, e o cadeado articulado vale R$ 89. Já o antifurto, que é instalado direto na energia da moto, cortando a energia que vai para a vela para não dar centelha, tem o preço de R$ 159.
Há, ainda, a opção mais cara, que é o alarme, em que o preço do produto é R$ 420, e com a instalação sobe para R$ 480. O alarme tem o sensor de presença que arma sozinho e, quando o ladrão andar por cerca de dois minutos no veículo, o alarme corta a gasolina e impede que a motocicleta ligue novamente.
Isabelly Quintão
Resistência em se prevenir pode estar ligada ao desconhecimento, preços e até mesmo o ''jeitão brasileiro'' de não ''esquentar a cabeça''

Para os funcionários deste estabelecimento, o jeitão brasileiro” pode estar entre os motivos dos motociclistas não buscarem alternativas para protegê-las. Achamos que é de cultura mesmo, a pessoa não liga, não esquenta a cabeça. Alguns podem ser por causa de valor. Mas a maioria é porque acha que nunca vai acontecer”, disseram.
Em outro estabelecimento da mesma avenida, a chave geral pode ser encontrada por R$ 60, considerando o custo da peça mais a instalação. Já o tranca disco é achado por R$ 89, o antifurto por R$ 139, e o alarme por R$ 420.
Seguro
O mecânico Alessandro Miranda Ferreira, que trabalha numa loja do Veneza II, pontua que, para as motocicletas mais atuais e mais caras, como as altas e cilindradas, o seguro pode ser suficiente. No entanto, em outros tipos de motos, os motociclistas podem optar por opções mais simples”, mas que compensam.
As motos mais visadas pelos bandidos são a Honda CG 150 Fan 2024, Honda XRE 300 Ano 2024 ou a 2025. Francislaine Teixeira, da Corretora de Seguros Jamel, complementa que o preço médio do seguro vai depender do perfil do segurado, mas fica em torno de R$ 1.500 a R$ 2.000.
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