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17 de junho, de 2025 | 06:00

Bem devagar

Fernando Rocha

O início do Mundial de Clubes foi bem devagar, apesar da goleada de 10 x 0 do Bayern de Munique em cima desse Auckland que deve ser desconsiderada, pois o massacre foi de um time de primeira linha da elite europeia contra um amador da Nova Zelândia.

Tivemos também em campo, no último fim de semana, outro time da prateleira de cima da Europa, o francês PSG, atual campeão da Champions League, que atropelou o Atlético de Madrid, um time que também investe muito, mas o rendimento quase sempre não acompanha os seus gastos.

Durante ao menos meia hora, o PSG fez o que bem quis com os espanhóis, impôs 80% de posse de bola, mas tirou o pé por causa do forte calor, no belíssimo estádio Rose Bowl, onde o Brasil ganhou o tetra, em 1994, naquela final escaldante sob o calor do meio-dia.

Quanto aos times brasileiros, o Palmeiras jogou melhor e mereceu vencer o F.C. Porto, de Portugal, que chegou a fazer cera para garantir o empate de 0 x 0.

Já o Botafogo, atual Campeão Brasileiro e da Libertadores, passou alguns sustos, mas venceu por 2 x 1 o estadunidense Seatle Sounders.

Mais difícil
Ontem à noite aconteceu a aguardada estreia do Flamengo, de quem se esperava uma vitória fácil contra o desconhecido Esperánce, da Tunísia.

Hoje, às 13h, será a vez do Fluminense iniciar a sua jornada neste Mundial, sem dúvida o jogo mais difícil envolvendo os times brasileiros, pois terá pela frente o Borussia Dortmund, um dos principais times da Alemanha e integrante da prateleira de cima europeia.

Quando perguntado sobre o time do Fluminense, o técnico croata do Borussia, Niko Kovac, de 53 anos, disse que não estudou a fundo o seu adversário, não conhece o trabalho do técnico Renato Gaúcho, muito menos ouviu falar do colombiano John Arias, o maior destaque do tricolor carioca, apesar de reconhecer que “devem ser grandes profissionais”. Então, tá!

O Grupo F, onde estão Borussia e Fluminense, tem ainda o Mamelodi Sundowns, campeão da África do Sul, e o Ulsan da Coréia do Sul, que devem ser apenas figurantes.

FIM DE PAPO

O fator altas temperaturas - que nesta época do ano são comuns nos Estados Unidos - precisa ser analisado com bastante cuidado, pois tende a interferir muito no rendimento das equipes, sobretudo as europeias, podendo causar algumas surpresas nos resultados. Pela lógica, o calor intenso vai ajudar os times latinos, que estão mais acostumados, mas, por outro lado, os times europeus contam com melhores peças de reposição, o que pode equilibrar as disputas.

Outro fator externo que pode influenciar no rendimento das equipes, este sim favorável aos nossos quatro representantes, é que a temporada aqui está só no começo, enquanto os times europeus chegam esfolados, pois acabaram agora as suas competições. Normalmente, acontecia o contrário nas decisões de Mundial de Clubes que eram realizadas nos finais de ano, quando a nossa temporada chega ao fim e os times brasileiros estão esgotados após terem disputado em média 70 jogos.

Mesmo a Fifa alterando a localização de alguns ingressos em jogos do Mundial, para melhorar a imagem a ser transmitida para todo o mundo na televisão, os clarões nas arquibancadas chamam a atenção. Além disso, a Fifa está diminuindo o preço em um sistema que funciona por demanda. Ou seja, os bilhetes encalhados são vendidos por um preço mais baixo, mesmo que outros torcedores já tenham comprado no mesmo setor por preços superiores. A entidade também está dando descontos, e ingressos que anteriormente custavam U$$ 300 dólares - cerca de R$ 1.500,00 - estão sendo vendidos a U$$ 10 dólares, além da farta distribuição gratuita de bilhetes para estudantes, tudo para não demonstrar o fracasso de público da competição.

Hoje, a partir das 10h, em Belo Horizonte, será realizada a eleição para a diretoria da Federação Mineira de Futebol (FMF) no quadriênio 1926/1930. Apenas uma chapa concorre e, mais uma vez, por aclamação, será eleito Castelar Neto, que atualmente é membro do Tribunal de Futebol da Fifa e já dirigiu a entidade no período 2014/2018, tendo sido também vice-presidente da CBF entre 2019/2022. Como acontece em todas as 27 federações estaduais do país, o regulamento da eleição é feito para que não haja chapa de oposição concorrendo. Recentemente, veio a público o valor da remuneração dos presidentes dessas federações estaduais, que são maioria e elegem o presidente da CBF: teria passado de R$ 50 mil para R$ 215 mil mensais. (Fecha o pano!)

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