17 de junho, de 2025 | 06:00
De frio, livros e esperança...
Nena de Castro *
Dia, meus 5 preciosíssimos leitores! O friu baixou de vez, bem friim, gosnão! Afinal, nasci à sombra do Ibituruna e lá em GV faz um calor parecido ao do deserto do Saara, com a diferença de passar por lá um rio que era Doce mas ficou bem amargo pelos dejetos ferrosos que vieram de Mariana, devastando tudo! Ainda bem que junho se vai, já passou da metade, logo passa julho e vem agosto com seus ventos trazendo o calor! Bom, queridos leitores, vocês têm o direito de apreciar o frio, quem sou eu para impor alguma coisa, logo a Bugra que não tolera imposições! Ara, sô, esse negócio de friu me fez lembrar da lenda da criação das estações que envolve a deusa grega Deméter (deusa dos cereais e da fartura) lutando para reaver sua filha Prosérpina, que havia sido raptada por Hades, o deus do mundo inferior.Na busca, a deusa-mãe foi à sede da ONU onde só ouviu conversa fiada e promessas vãs e tratou de se arranjar com Zeus, que além de chefão, era também o pai da moça roubada. Com todo mundo reclamando dos descontos fraudulentos do INSS e da fome porque a deusa descuidara de suas funções e o solo miserento nada produzia, fizeram um acordo para a resolução da lide: a filha passaria metade do ano com a mãe no tempo florido e de calor, ou seja, Primavera e Verão e nos meses frios que sobrassem, que seriam chamados de Outono/Inverno, ela ficaria com o marido.
Posé, os grandes fazem acordos e a gente é que leva tinta, igualim às decisões políticas por esse mundo afora...Mudando de pau pra cavaco, cês viram o montante das doações feitas via pix para o abominável? Rapaz coméquetem gente besta nesse país, mon Dieu!
Daí pensei em pedir grana pra comprar livros e mais livros e sair por essas Geraes distribuindo saberes por vilarejos e pequenas cidades por meio da da BUGRATECA, alguém aí se habilita? E pode ficar sossegado, que ninguém será chamado de malucão, visse? Ninguém vai rezar pra pneu, quebrar e arruinar símbolos nossos e bolar planos mirabolantes pelo poder, já chega!
Deixando de lado essas horrendas lembranças mais as trumpicidades do Lourão Doido da América lá de cima, guerras e atrocidades afins, quero contar que compareci sábado à Mostra Literária do I e II Períodos do Colégio São Francisco e foi uma alegria ver os trabalhos das crianças rimando o nome dos coleguinhas inspirados pelo meu Livro MARIANA CATIBIRIBANA”! Parabéns, São Xico, por valorizar os autores regionais com o trabalho frutuoso de suas professoras tão dedicadas! Por ora eu me preparo para visitar a Escola Estadual Getúlio Vargas de Timóteo cujos alunos estão lendo ARANY, A ARANHA ESTRANHA” para discutir sobre o bullying e seus malefícios e também para um encontro de Contação de Histórias na Escola João Amparo Damasceno. Ah, sim, haverá bate-papo literário com os alunos da Escola Estadual Dr. Ovídio de Andrade. E de livro em livro, história em história, carrego minha crença parafraseando a jovem Malala que foi ferida pelo Talibã por querer estudar: enquanto houver livros, crianças e professores nesse mundo, eu navego na doce nave da Esperança! E nada mais digo!
* Escritora e Encantadora de Histórias
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Gildázio Garcia Vitor
17 de junho, 2025 | 07:03? Bugra Velha, inté ieu, que nasci ali nas roças do Córrego dos Dornelas, em Orizânia, onde o calor de dezembro é semelhante ao frio normal de junho-julho daqui, tô cum sardade do calorzinho do nosso Vale do Aço.”