
11 de junho, de 2025 | 14:56
Ipaba: possível fraude à cota de gênero será apurada pela Justiça Eleitoral
José Cruz/Agência Brasil
Candidaturas fictícias de mulheres foram apresentadas com o intuito de burlar a cota mínima de 30%

Após o Ministério Público Eleitoral propor Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), em razão de possível fraude à cota de gênero, nas eleições municipais de Ipaba, no ano de 2024, a Justiça Eleitoral da 348ª Zona Eleitoral agendou audiência de instrução para o dia 8 de julho, às 16h, para ouvir os envolvidos.
A suspeita é que supostas candidaturas fictícias de mulheres foram apresentadas pelo Partido Liberal (PL) e pelo União Brasil, com o intuito de burlar a exigência legal da cota mínima de 30% de candidaturas do sexo feminino nas chapas proporcionais, ou seja, para vereador.
Entre os investigados estão os vereadores Welington José Teixeira (PL) e Ronilce Xavier de Sousa (União Brasil), ambos eleitos no último pleito municipal. Além deles, suplentes e dirigentes partidários foram incluídos nas ações por suposto envolvimento ou benefício direto do esquema.
Fachada e nenhum voto
O Ministério Público argumenta que as candidaturas femininas apresentadas pelos partidos foram apenas de fachada”, sem campanha real, com votações ínfimas e sem movimentação financeira significativa, configurando fraude e abuso do poder político.
As denúncias mencionam ainda que algumas candidatas não fizeram nenhum tipo de campanha, não usaram mídias sociais para divulgar seus nomes e não receberam apoio financeiro dos partidos, o que fortalece, segundo o MP, a tese de que foram utilizadas apenas para cumprir formalmente a exigência legal da cota de gênero.
Na investigação, o Ministério Público Eleitoral afirma que uma das candidatas sequer votou nela mesma, tendo em vista que não recebeu nenhum voto na sua seção de votação.
Audiência
A audiência será realizada em Ipatinga, onde serão ouvidas as candidatas investigadas, testemunhas e partes envolvidas. Caso fique comprovada a fraude, os envolvidos podem ser punidos com a cassação dos registros ou diplomas dos candidatos eleitos. O resultado pode culminar na perda dos mandatos dos vereadores Welington Teixeira e Ronilce Xavier.
A Justiça Eleitoral tem reiterado que o cumprimento da cota de gênero não pode se dar de forma meramente simbólica, mas deve refletir o compromisso real dos partidos com a participação feminina na política, sendo intolerante com práticas que busquem fraudar esse direito fundamental.
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Zefiro
12 de junho, 2025 | 10:33? cota pra lá, cota pra cá! Sisteminha segregador danado esse, em?
Em prol da igualdade, promove a desigualdade, vantagem pra uns, enquanto outros, seja por etnia, acabam prejudicados.
"Ah, mas o negro de favela não tem as mesmas condições que o branco." E não existe branco também na favela? Como que ficam?
O Brasil precisa acabar com COTAS RACIAIS e implementar COTAS SOCIAIS, de acordo com a condição financeira e situacional da residência específica.”
Maria Geralda
11 de junho, 2025 | 16:35os fakes do pessoal do juninho nos comentarios kkkkkk”
Carlos
11 de junho, 2025 | 16:11Respondendo ao sr José Miranda, quem faz compra de votos é um senhor que foi derrotado na última eleição no Ipaba. Sou morador e já cansei de ver cestas básicas sendo entregues às vésperas das eleições. Esse vereador com a letra W, já até foi pauta por falsificar diploma escolar, o seu irmão já foi prefeito e acabou com a cidade. Estou admirando essa gestão, levei minha esposa no posto e foi atendida melhor do que no Hmc onde tenho fundo de saúde da minha saudosa Usiminas.”
José Miranda da Costa
11 de junho, 2025 | 15:52Estao descobrindo agora isto já é velho assim como compra de votos ou dar emprego para parentes é só trocar de gabinete ou cidade”