
10 de junho, de 2025 | 06:00
No ataque
Fernando Rocha
Não espero um jogo fácil, mesmo com o apoio maciço da torcida, hoje, na Arena do Corinthians, pois o Paraguai se organizou e melhorou muito após a chegada do técnico argentino Gustavo Alfaro e, não à toa, está em terceiro lugar, com 24 pontos, à frente do Brasil, nas Eliminatórias da Copa 2026.Também não tenho dúvidas quanto à classificação da seleção brasileira para o Mundial e, até lá, o técnico Carlo Ancelotti terá tempo suficiente para melhorar a equipe.
Já deu para perceber alguma diferença positiva no empate de 0 x 0 com o Equador, na última quinta-feira, quando de modo tranquilo, sem estardalhaço, Ancelotti organizou o setor defensivo como não se via antes.
Certamente, agora, ele vai investir no ataque, que deve melhorar com a volta de Raphinha, após cumprir suspensão diante do Equador.
O que a gente espera de uma estátua é que não se mova. Não é mesmo? Então, vamos esperar que os nossos atacantes joguem o mesmo futebol que apresentam em seus clubes, com a camisa da seleção brasileira.
Dívidas do Galo
No último sábado, em uma longa entrevista que durou cerca de três horas, o maior acionista da SAF do Atlético, Rafael Menin, explicou toda a difícil situação financeira pela qual passa o clube, além de deixar claro para a torcida que virão poucos reforços na janela de transferências, neste meio do ano.
As opiniões são divergentes entre os atleticanos, que aprovaram e também não gostaram do que ouviram, pois uma coisa é a expectativa e outra bem diferente é a realidade vivida pelo clube.
Particularmente, gostei do que ouvi, pois penso que o empresário e dirigente do Galo foi sincero, não escamoteou dados ou fatos e deixou claro, com todas as letras, que a rapadura é doce, mas não é mole, né?
O ex-governador Leonel Brizola dizia que os menores seres humanos não são os anões; são os ingratos”. Em 2020, se a família Menin não tivesse entrado com muito dinheiro na vida do Atlético, dá para imaginar o que teria acontecido com o clube?
A dívida atual admitida pelos donos do Atlético é de R$ 1,8 bi, mas para muita gente já chegou a R$ 2,3 bi; toda ela agora debitada no CPF dos investidores que terão de dar uma solução.
Claro, preocupa a situação financeira ruim, mas o que todo atleticano quer mesmo é time bom para torcer, que consiga competir de igual para igual contra qualquer um e ganhe títulos. O resto é perfumaria.
FIM DE PAPO
O lado negativo na entrevista de Rafael Menin ficou por conta da sua tentativa de intimidar alguns jornalistas e influenciadores, por alguma coisa que disseram sobre a SAF do Galo e ele não gostou. Se houve exageros, a culpa maior é dos próprios dirigentes que preferem se omitir e não dão explicações, desaparecendo quando o momento é ruim. Também dá para perceber que estão incomodados com a atual situação financeira, pois são todos empresários de sucesso em diferentes ramos, principalmente imobiliário e bancário, tendo que conviver com o insucesso de uma das suas empresas, no caso o Galo, que se torna ruim para a imagem de todos.
O efeito Ancelotti na seleção brasileira fez a Rede Globo marcar a média de 30 pontos durante a transmissão de Brasil 0 x 0 Equador, na quinta-feira passada. De acordo com dados consolidados da Kantar Ibope Media, o jogo foi visto em média por 46% dos televisores ligados durante a sua realização. A partida começou mais cedo, às 20h (horário de Brasília), o que também ajudou a aumentar sua audiência. A Globo só conseguiu atingir número igual no dia 19 de janeiro de 2024, quando foi exibido o último capítulo da novela Terra e Paixão”. Só contando jogos da seleção brasileira foi a maior audiência desde a Copa do Mundo de 2022, na eliminação diante da Croácia nas quartas de final. Em termos de Eliminatórias, a marca foi a melhor desde outubro de 2017.
No último sábado à tarde, fui ao Ipatingão e vi o empate de 0 x 0 do Ipatinga com o Nacional de Muriaé, pela segunda divisão estadual ou Modulo II. Não esperava muita coisa do time, mas para quem já viu o nosso quadricolor bater de frente com os grandes” do país, foi uma experiência nada agradável. As dificuldades enfrentadas pelos quase 6 mil torcedores que foram ao Ipatingão começam na hora de comprar o ingresso e pioram no momento de ter acesso ao estádio, com a formação de numerosas filas. Neste caso, os problemas poderão ser solucionados desde que haja mais competência por parte dos responsáveis pela organização.
Dentro do Ipatingão, quem sentou nas cadeiras voltou para casa com a roupa suja pelo pó da Usiminas. O gramado alto, mas em bom estado, prejudicou as duas equipes, mas, sobretudo, o Tigre que tem um time mais técnico. O ponto fraco é o sistema de iluminação, turbinado por uma gambiarra feita com refletores de Led, que não clareia nada e ainda ofusca a visão do gramado pelo público, certamente, prejudicando muito os goleiros e os demais jogadores. De bom mesmo, o copo de chopp (500 ml) servido bem gelado a R$ 12,00, ou na promoção de quatro copos por R$ 40,00, bem abaixo, por exemplo, do preço cobrado na Arena MRV. (Fecha o pano!)
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]