
07 de junho, de 2025 | 09:42
Prefeito e presidente da Câmara de Timóteo se manifestam sobre dívida com médicos
Divulgação
Executivo alega que não tem nenhuma dívida em relação a pagamentos atrasados deixados pela instituição Therezinha de Jesus para com os médicos do Hospital e Maternidade Vital Brazil

De acordo com o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, instalada na Câmara Municipal, vereador Adriano Alvarenga, a administração atual não tem nenhuma dívida em relação a pagamentos atrasados deixados pela instituição Therezinha de Jesus para com os médicos do Hospital e Maternidade Vital Brazil. A informação foi dada em esclarecimento gravado em vídeo na tarde dessa sexta-feira (6), comunicou a administração pública.
Hoje o município de Timóteo só tem um débito de R$ 33 mil com essa antiga mantenedora. E a CPI, nos seus trabalhos, já apurou que, inclusive, o valor cobrado por parte da Therezinha de Jesus na ordem de R$ 11 milhões é inexiste, porque se tivesse, eles deveriam ter sido declarados, deveriam ter sido colocadas nos portais e teria que ter as Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs) publicadas. Fato que eles não fizeram”, informou Adriano Alvarenga.
O presidente da CPI ainda ressaltou que os trabalhos da comissão continuam e pretendem levar à solução do problema para que os médicos possam trabalhar em paz. Nós entendemos a situação dos médicos e um dos caminhos pode ser o município ser solidário a este contrato. Mas precisa judicializar, e é isso que nós estamos buscando fazer com a CPI: elucidar todos os fatos, comprovar que o município não tem débito algum com a Therezinha de Jesus, para que o município não tenha esse prejuízo junto ao seu erário. Os médicos devem procurar os seus direitos, mas a população não pode ser penalizada por isso, porque a irresponsabilidade foi por parte do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus”, destacou o parlamentar.
Para o prefeito Capitão Vitor, os apontamentos feitos pelo relator da CPI são esclarecedores e merecem ser destacados a fim de tranquilizar os funcionários, médicos e fornecedores e, principalmente, a população. Quando assumimos a prefeitura, havia salários atrasados de novembro e dezembro, ou seja, nós iniciamos com dívidas da gestão passada. Mesmo assim, nós arcamos com os valores, fizemos o pagamento à Therezinha de Jesus, para que a mesma fizesse os acertos, judicialmente, com os médicos, inclusive os funcionários em regime estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”.
Capitão Vitor ainda destacou que: Nós esperamos que na via judicial, apresentando aí um encontro de contas, possamos demonstrar que a Therezinha de Jesus é quem tem a responsabilidade. Além do mais, nós não temos como passar qualquer valor diretamente para os médicos porque o contrato deles foi com a Therezinha de Jesus. Reitero que não estamos nos eximindo das nossas responsabilidades, pelo contrário, somos solidários aos médicos, estamos prontos para atender qualquer situação e inclusive comparecer, através da nossa Secretaria de Saúde e Qualidade de Vida e Procuradoria, na Justiça para que os médicos possam receber”.
Entenda
Conforme divulgado pelo Diário do Aço no último dia 4/6, os médicos reclamam do atraso no pagamento dos plantões feitos entre os dias 19/2 e 26/3. Uma proposta de acordo para pagamento foi protocolada esta semana no gabinete do prefeito. A proposta é que seja evitada uma greve e os profissionais não fiquem sem receber.
O gerenciamento da unidade foi formalizado por meio do Contrato 138/2024, firmado entre o Município e a Organização Social Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, com início em 26/3/24, prevendo o repasse de mais de R$ 40 milhões em recursos públicos para a manutenção e operação dos serviços de saúde. Desde então, os médicos enfrentam o que consideram falta de transparência e desencontro de informações entre a Prefeitura e a OS. Enquanto o Município alega ter efetuado os repasses devidos, a Organização afirma não ter recebido os valores”, salientou a defesa dos médicos.
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