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03 de junho, de 2025 | 06:00

Protagonismo azul

Fernando Rocha

Se havia alguma dúvida, agora não há mais, pois com a vitória de 2 x 1 sobre o Palmeiras, anteontem, no Mineirão, depois de vencer também o Flamengo, o torcedor do Cruzeiro pode bater no peito e dizer que o clube é, sim, um dos principais favoritos ao título de campeão nacional nesta temporada.

A Raposa, sob o comando do técnico Leonardo Jardim, teve um início eletrizante, arrasador, onde brilhou a estrela do centroavante Kaio Jorge, autor de dois gols com menos de quatro minutos de jogo, em lances parecidos e de muito oportunismo.

Não há como exaltar esta fase do Cruzeiro sem citar o técnico português Leonardo Jardim, cujo trabalho salta aos olhos pela organização que conseguiu dar ao time, seja na defesa, no meio-campo e no ataque, funcionando em perfeita sintonia.

Outro aspecto positivo que merece destaque é o bom ambiente interno do grupo de jogadores, o que muito se deve ao tratamento igual que é dado a todos, independentemente da fama e do contracheque.

Deu certo
O torcedor do “Vozão” compareceu em grande número à Arena Castelão - 50.070 pessoas presentes -, para realizar uma bela festa e comemorar os 111 anos de fundação do clube, mas quem riu por último foi o Galo com uma vitória apertada de 1 x 0, o suficiente para levantar o astral do time, abalado pelos maus resultados na Copa Sul-Americana.

O gol foi marcado por Rony, que vinha sendo muito criticado pelo grande número de oportunidades perdidas, acertando um chute quase do meio-campo, ao estilo Hulk, aos 32 minutos do 2º tempo,
Outro que merece destaque nesta vitória é o goleiro Everson, que fez pelo menos duas defesas espetaculares e garantiu o resultado, além da eficiência com os pés fazendo passes longos e organizando o time.

Na entrevista pós-jogo, o técnico Cuca explicou porque deixou Hulk no banco de reservas. Segundo ele, foi uma estratégia no sentido de não perder no primeiro tempo, entrar com o craque do time descansado na segunda etapa para ganhar a partida; algo surreal que acabou dando certo.

FIM DE PAPO

A estratégia maluca do técnico Cuca me fez lembrar uma expressão que era muito usada na década de 90 pelo ex-jogador e ex-técnico, Jair Pereira: “No futebol o certo é o que dá certo”. Mas nem sempre as maluquices dos treinadores dão certo. Na minha juventude em Tarumirim, fomos enfrentar em amistoso o então poderoso Democrata, em Governador Valadares. Nosso saudoso e folclórico treinador, cujo nome não vou revelar, entendeu de começar a partida com nove jogadores, sob o argumento de que entraria com os dois no momento oportuno para surpreender o adversário e vencer. Com 20 minutos de jogo, tomamos quatro gols e a vaca foi para o brejo.

Cuca correu um sério risco, que poderia até lhe custar o cargo, caso sua estratégia maluca desse errado e o Ceará tivesse vencido a partida. Chances ocorreram como, no primeiro tempo, em lance que o goleiro Everson salvou e desviou a bola, que ainda bateu no “amigo” travessão antes de sair para a linha de fundo. Talvez, o real motivo de ter deixado Hulk no banco tenham sido as suas declarações após o empate contra o Cienciano, demonstrando insatisfação com o técnico, mas este é um segredo que nunca iremos saber.

Além de Kaio Jorge, pelos dois gols, merecem destaques especiais por suas brilhantes atuações os laterais William e Kaique. Os dois fizeram uma partida perfeita, marcando e anulando dois dos principais jogadores do setor ofensivo palmeirense, o lateral Piquerez e o jovem atacante Estevão. O Cruzeiro ainda fará um jogo contra o Vitória, em Salvador, antes da parada para o Mundial de Clubes. Se vencer, assume a liderança isolada do Brasileirão, pois Palmeiras e Flamengo terão os seus jogos adiados em razão de estarem na disputa da competição internacional.

Entre os torcedores do Cruzeiro nas redes sociais há quem tenha gostado, mas a maioria reprova a nova camisa branca lançada pela Adidas na semana passada. Confesso que também achei de péssimo gosto as listras horizontais, mesmo que a ideia de homenagear o hino do clube seja boa. Estragar a camisa branca do Cruzeiro é algo muito difícil, mas, ao observar o novo modelo, a sensação que tenho é de ter faltado capricho aos designers e criadores da fornecedora de material esportivo, que também carregou a mão no preço: R$ 400 por unidade. (Fecha o pano!)

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