03 de junho, de 2025 | 06:00
Datemi un martello...
Nena de Castro *
Dia, leitores da Bugra! Depois de receber mais um aviso de Zeus ameaçando dar com um raio na minha cabecinha por causa das gozações que escrevo sobre ele e seus pares, comparando os políticos brasileiros com a turma come e dorme do Olimpo, resolvi mudar. Nóis é jeca, mas num é besta não, sô! Então além deles, deixo de lado os ínclitos(?) senadores que massacraram a ministra Marina Silva, o caso da professora que sofreu um infarto ao ser chamada para justificar seu trabalho, agressões a docentes nas escolas, demissões da área da Educação em Ipatinga, pois o meu saquito não mais suporta tanta baboseira e injustiças! Então vamo que vamo falar de outros deuses ali pras bandas dos povos escandinavos, que deram origem à Finlândia, Suécia, Dinamarca, Noruega e Islândia.Ali o deus supremo é Odin, cujo filho mais velho, Thor, na falta do que fazer, virou galã em Holywood e fez um filme no qual ensina como jogar o martelo na cabeça do próximo. Além do martelo, Thor possui o chamado cinto da força, que lhe redobra o poder, algo assim como o espinafre do Popeye. E tem tombém as luvas de ferro que o tornam bastante poderoso na luta contra os gigantes mas era um problema quando ele ia coçar o respectivo. Bem, as coisas iam caminhando até que um dia o Martelo de Thor caiu nas mãos do gigante Thryn, que o enterrou. Thor mandou Loki, um deus amigo da onça, negociar a devolução de sua arma. O gigante já foi avisando que só devolveria o martelo se Thor enviasse uns 100 litros de pinga, 200 panelas de canjiquinha com costela bem apimentada, ingressos para o próximo show de Lady Gaga nos Estados Unidos, ingressos para todos os jogos do Brasileirão e a mão da linda deusa do amor, Freia.
Ante a negativa da deusa dizendo que nem morta” ela ia se casar com aquele grandão que não tomava banho, Loki então convenceu Thor a vestir as roupas da donzela, cobrir o rosto com um véu e ir visitar o gigante. Lá chegando, a noiva” foi recebida com um banquete e assustou o anfitrião devorando oito salmões, um boi inteiro e mais outros petiscos, além de beber três tonéis de hidromel. Loki justificou que a deusa não comia há oito noites, pela ansiedade de ver o pretendente. O noivo” então abriu um buraquinho no véu da moça e levou um susto, perguntando a Loki por que os olhos da deusa brilhavam como fogo. Esse respondeu que era a emoção pré-nupcial. O gigante então mandou vir o martelo e colocou-o no colo da donzela. Thor tirou de si as roupas de Freia, pegou o martelo e não sobrou nem um gigante pra contar a história!
Ora, ora, ora, será que o Thor não me emprestaria seu instrumento de guerra para que eu acerte umas contas com políticos no Brasil? Eu ia cantar Datemi un Martello”, de Rita Pavoni, e faria a festa, colocando em seu lugar suas incelença que nos dão tão preciosos exemplos de respeito, dignidade e honestidade, só que não! E nada mais digo!
* Escritora e Encantadora de Histórias
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Tião Aranha
03 de junho, 2025 | 18:25Bonito texto, essa arte de misturar tudo tem algo da miscelânea brasileira, tudo começando com M, não o da Michele. Levamos 500 anos pra termos um miscigenação perfeita - sem tanto poder quanto o do martelo do Thor, não do Aik, mas do Egito. Depois de certa idade o martelo cai mesmo, isto é, despenca. Rs.”