29 de maio, de 2025 | 06:02

Condenado por homicídio em Inhapim é preso nos Estados Unidos

Um foragido da Justiça na região foi localizado, preso e será deportado para cumprir pena por homicídio qualificado na comarca de Inhapim. A prisão de Igor Gabriel de Souza ocorreu após a Promotoria de Justiça de Inhapim requerer a inclusão do condenado na Difusão Vermelha como procurado pela Justiça Brasileira, o que corresponde a um mandado de captura internacional. De acordo com o promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, medidas estão sendo tomadas para que o homem seja deportado ou extraditado para o Brasil, a fim de cumprir a pena.

O homem preso nos Estados Unidos foi condenado pela Justiça mineira, em 31 de março de 2025, a 25 anos e 11 meses de reclusão, em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado, em coautoria com outro réu. De acordo com a denúncia do MPMG, o crime ocorreu no dia 20 de outubro de 2016, no Córrego dos Elias, zona rural de Inhapim, quando foi assassinado Uilian Neves Campos, por motivo torpe e com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima.

Conforme noticiado pelo jornal Diário do Aço, em Sessão de Tribunal do Júri, realizada em 31 de março, os dois réus, Igor Gabriel de Souza e Edgar Wilker Mendes Silva foram condenados pelo envolvimento no crime. Igor, o mandante do crime, foi condenado a 25 anos e 11 meses de prisão em regime inicial fechado e o executor, Edgar, foi condenado a 22 anos e 2 meses.

Segundo as investigações, o homem preso nos Estados Unidos e um comparsa invadiram a residência de Uilian Neves, onde ele estava com a esposa grávida e familiares. Os dois criminisos simularam um assalto e, em seguida, isolaram a vítima, efetuando quatro disparos de arma de fogo contra ele. Testemunhas acreditam que os assassinos confundiram a vítima com outra pessoa envolvida numa discussão com o mandante do crime, devido à semelhança física. Essa pessoa não se encontrava em casa no momento dos fatos e Uilian acabou morrendo.

Conforme dados da investigação, a motivação do crime teve origem em desentendimentos anteriores, agravados por ciúmes possessivos do mandante, que mantinha um relacionamento com a irmã da vítima pretendida, desta forma, contratou o corréu para cometer o homicídio.

Segundo o promotor de Justiça, o pedido de Difusão Vermelha foi necessário, tendo em vista que o sentenciado deliberadamente fugiu do país para se esquivar da responsabilização penal, não sendo localizado nos endereços conhecidos, tampouco se apresentando à Justiça após a condenação.

Para o representante do MPMG, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, a deportação representa uma vitória significativa para a Justiça no combate à impunidade, especialmente nos crimes de extrema gravidade, como o homicídio qualificado.