
28 de maio, de 2025 | 08:00
O que você sente quando se lembra do saldo da sua conta?
Priscila Santos *
Infelizmente, venho com verdades duras a respeito das finanças dos brasileiros. Um estudo feito pelo Serasa nos revela que 57 milhões de brasileiros estão endividados; desse total, 19 milhões já estão negativados. Mas o que podemos fazer para mudarmos isso? Para termos notícias mais animadoras? Apenas a educação pode salvar, e me refiro à educação financeira.Você, leitor, teve educação financeira em sua formação de ensino básico, médio e até mesmo na faculdade? A resposta é não. Por não termos uma base educacional, não aprendemos direito como lidar com o dinheiro.
O dinheiro, quando usado de forma inteligente, pode mudar uma família, uma geração e um país.
Ao longo dos meus anos de profissão, ensino às pessoas uma receita: como devemos cuidar de nossas finanças pessoais, como devemos mudar nossa forma de pensar. Ajudo a mudar realidades apenas com a educação financeira.
Enriquecer, ter uma vida financeira tranquila e transformada é possível. Exige coragem, atenção, esforço.
Grandes estudiosos da área de finanças nos ensinam sobre o método 70 x 30. Desde o tempo da Babilônia, temos esse método. Consiste em usarmos 70% dos nossos recursos para cobrir nossas despesas fixas e variáveis e os 30% para nossas metas de curto, médio e longo prazo.
Talvez você já tenha pensado: "Esqueça! Impossível!"
Tenho dito: viver uma vida extraordinária é para quem tem coragem e persistência. É possível!
O primeiro passo é se educar financeiramente e organizar toda a sua vida financeira. Sua família deve estar com você, todos no mesmo barco.
É preciso fazer um exercício: separar o que são custos fixostudo que você paga todos os meses e que pouco se altera. Separar seus custos variáveisaqueles que ocorrem, mas não todo mês. Um exemplo de custo variável: saída com amigos, presente para alguém, pneu do carro. Pegou a lógica?
Por não termos uma base educacional, não aprendemos direito como lidar com o dinheiro”
A educação financeira nos revela que seus custos fixos devem ficar em 50% da sua renda familiar, 20% nos custos variáveis e outros 30% para suas metas de vida.
As metas são algo que dão sentido à vida. Quem nunca sonhou com uma casa linda, um carro bacana, uma viagem dos sonhos?
Quantas conversas iniciamos assim: "Ah, quando eu me aposentar!"
Pois bem, ao darmos sentido à nossa vida, o dinheiro tem um papel fundamental. Por isso, devemos inserir e aprender a educação financeira.
Metas de curto prazo são aquelas de até 12 mesesuma viagem, por exemplo.
Metas de médio prazo são aquelas de até 5 anosuma troca ou aquisição de um carro.
Metas de longo prazo são acima de 10 anospor exemplo, a compra de um imóvel.
Lembrando que estamos apenas dando exemplos. Isso é muito particular de cada um. Mas ressalto a técnica: 70% você gasta e 30% você poupa com objetivos.
Quando temos conhecimento sobre o mundo dos investimentos e que os juros compostos podem acelerar o alcance de nossas metas, nossa vida muda.
Mas a intenção desta leitura é te dizer que é possível, que existe um método que, se seguido, pode potencializar sua vida financeira. Assim, você terá tranquilidade ao lembrar do saldo da sua conta e nunca mais sentirá medo ou frustração. Espero que este artigo possa ajudar pessoas.
* Formada em Administração pela Unipac Ipatinga, MBA em Liderança. Atua no mercado financeiro, certificada pela ANBIMA CPA 10/ CPA 20/ CEA / ANCORD/ FBB110. Há 6 anos desenvolve trabalho social em que ensina educação financeira, combate o superendividamento e incentiva as pessoas a se tornarem investidoras.
Obs: Artigos assinados não reproduzem, necessariamente, a opinião do jornal Diário do Aço
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Marcos
28 de maio, 2025 | 17:28Excelente texto @prisrsantos”
Marlucia Aparecida Coelho Morais
28 de maio, 2025 | 13:52Excelente ajuda financeira parabéns”
Tião Aranha
28 de maio, 2025 | 12:35Bom texto. É importante medir a água e o fubá, dizia os antigos. Gastar mais do que ganha só dá problema. Rs.”