27 de maio, de 2025 | 06:00

Colou na ponta

Fernando Rocha

Mais uma grande partida do Cruzeiro, que valeu a vitória de 2 x 0 sobre o Fortaleza, fora de casa, aumentando a invencibilidade da equipe para oito jogos - seis vitórias e dois empates -, algo que não acontecia desde que voltou à Série A, em 2023.

Se o Fortaleza poupou alguns titulares, pensando no confronto decisivo que terá contra o Racing, pela Libertadores, nesta quinta-feira, na Argentina, o técnico Leonardo Jardim também não pode escalar Matheus Pereira, suspenso, além do lateral Fagner e do atacante Wanderson, que corriam alto risco de sofrer contusões musculares.

Quem entrou, deu conta do recado, sobretudo Gabriel Barbosa, o Gabigol, escalado numa posição diferente da sua habitual, mais recuado na criação de jogadas, onde tem se dado muito bem.

Kaio Jorge abriu o placar, aos 33 minutos, e Lucas Silva, aos 40 minutos, fechou o placar com um belo gol no primeiro tempo. Na segunda etapa, o Cruzeiro administrou muito bem a vitória por 2 x 0.

A Raposa chegou a 20 pontos ganhos e ocupa o terceiro lugar, colada no Flamengo, vice-líder com 21 pontos, e também no líder Palmeiras, que soma 22 pontos e será o próximo adversário no jogo de domingo desta semana, no Mineirão.

Se o Cruzeiro vencer os dois próximos jogos - contra o Palmeiras, em casa, e o Vitória (BA), fora -, vai terminar esta fase pré-Mundial de Clubes na liderança do Brasileirão.

Muito abaixo
Mesmo contra um time quase todo reserva do Corinthians, apoiado por mais de 38 mil torcedores, o Atlético jogou muito abaixo do esperado e só empatou em 0 x 0.

O primeiro tempo foi de baixíssima qualidade técnica dos dois lados, ajudado pela péssima arbitragem do gaúcho Rafael Klein, que conseguiu desagradar a todos.

O lance mais perigoso do Galo na partida aconteceu quase no fim do primeiro tempo, quando Roni ficou livre na marca do pênalti, mas chutou em cima do goleiro Hugo Souza e desperdiçou a chance.

A melhor oportunidade do time paulista também foi no primeiro tempo, quando Martínez lançou Talles Magno pela direita, o atacante ficou cara a cara com Everson, mas chutou por cima do gol.

Um empate com sabor amargo para o Atlético, que vinha de vitórias em sua nova casa e perdeu a chance de subir várias posições, permanecendo na 10ª colocação, com 15 pontos.

FIM DE PAPO

A torcida do Galo tem ainda que agradecer ao assoprador de apito gaúcho, Rafael Klein, por não ter expulsado o zagueiro Lyanco, quase no fim do primeiro tempo, após uma entrada violenta no corintiano Héctor Hernández. Nos acréscimos do segundo tempo, Klein viu falta de Rubens, o melhor jogador em campo, deu-lhe cartão vermelho, mas foi chamado ao monitor pelo VAR e depois de rever o lance voltou atrás. Mesmo com o elenco curto, muitos desfalques por contusões, o técnico Cuca precisa ser cobrado, pois o time não está rendendo o que deveria. Jogadores como Roni, Scarpa, Bernard, Lyanco, Junior Alonso e o craque do time, Hulk, estão devendo melhor futebol.

Estive com meus filhos na Arena MRV, no último sábado, e vivi a experiência de todo torcedor na casa do Galo em jogos grandes. O acesso é fácil, pela Via Expressa, optei por me deslocar de Uber, por ser mais cômodo e barato. Uma vaga no estacionamento da Arena MRV custa R$ 100,00. O estádio é muito bonito, confortável, com segurança padrão Fifa. Os preços cobrados por ingressos, comidas e bebidas estão muito acima do normal. Um copo/350ml de cerveja sai por R$ 12,00 e um pacotinho de pipoca é vendido por R$40,00. Um grande problema, a acústica, foi praticamente resolvido. Piorou a circulação, pela falta de educação das pessoas, pois as áreas destinadas ficam ocupadas. De uma maneira geral a experiência foi positiva e o atleticano pode se sentir orgulhoso da casa que possui.

Mesmo sem fazer gols, Gabriel Barbosa foi o destaque na vitória do Cruzeiro sobre o Fortaleza. Ao todo, Gabigol tocou na bola 23 vezes durante os 67 minutos que ficou em campo, até ser substituído no segundo tempo por Yannick Bolasie. Além disso, criou uma grande chance de gol, deu três passes decisivos, ganhou os dois duelos e ainda deu dois desarmes nos adversários, recebendo nota 8,5 do site SofaScore, especializado em estatísticas esportivas, sendo escolhido o melhor em campo. Saiu dos pés dele o último passe para os gols de Kaio Jorge e Lucas Silva, e por isso não será surpresa sua volta à titularidade no clássico de domingo contra o Palmeiras, no Gigante da Pampulha.

Mais estranho impossível essa chegada de Carlo Ancelotti ao Rio de Janeiro, no último domingo. Sem terno e gravata, sem mascar chicletes, mas de bonezinho com o escudo da CBF na cabeça. No aeroporto foi recebido por um grupo de torcedores vestidos de verde e amarelo, dando a impressão de coisa armada e paga, com gritos de “Carlinhos vai chegar e o bicho vai pegar”. Sei não, será que o bicho vai pegar mesmo? (Fecha o pano!)

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