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24 de maio, de 2025 | 08:45

Censo 2022 identifica quase 7 mil pessoas diagnosticadas com autismo no Vale do Aço

Roberto Dziura Jr/AEN-PR
Entre os grupos etários, a prevalência de diagnóstico de autismo foi maior entre os mais jovensEntre os grupos etários, a prevalência de diagnóstico de autismo foi maior entre os mais jovens
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
O Censo Demográfico 2022 identificou que 6.816 pessoas foram diagnosticadas com transtorno do espectro autista (TEA) na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) na manhã desta sexta-feira (23).

Os números foram desagregados por meio da pesquisa “Censo Demográfico 2022: Pessoas com Deficiência e Pessoas Diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista - Resultados preliminares da amostra”.

Com a maior população da região, Ipatinga, como era de se esperar, detém o maior número de autistas, com 3.520 mapeados pelo censo. Na sequência está Timóteo, com 1.353; Coronel Fabriciano com 1.214; e Santana do Paraíso com 729.

No entanto, percentualmente, Ipatinga tem a terceira maior população autista da RMVA: 1,5%. Já em Timóteo, 1,7% dos residentes foram diagnosticados com autismo, em Paraíso é 1,6% dos habitantes. Fabriciano tem o menor índice, 1,2%.



Crianças e adolescentes
Entre os grupos etários, a prevalência de diagnóstico de autismo foi maior entre os mais jovens. Em Coronel Fabriciano, 263 pessoas entre 5 a 9 anos foram diagnosticadas; No grupo de 0 a 4 anos são 262 diagnósticos.

Ipatinga tem 556 crianças entre 5 a 9 anos diagnosticadas e 554 entre adolescentes de 10 a 14 anos. Em Santana do Paraíso, são 130 diagnósticos entre 5 a 9 anos e 128 entre jovens de 10 a 14 anos.

Por fim, Timóteo tem 314 crianças autistas entre 5 a 9 anos e 169 com laudo de TEA entre 0 a 4 anos.


Brasil
No Brasil foram identificadas 2,4 milhões de pessoas com TEA, o que corresponde a 1,2% da população. A prevalência foi maior entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0,9%): 1,4 milhões de homens e 1 milhão de mulheres. Entre os grupos etários, o de maior prevalência foi o de 5 a 9 anos (2,6%).

“Não existe grande diferença entre as Grandes Regiões. O Centro-Oeste têm uma proporção um pouco menor, com 1,1%, enquanto as demais têm 1,2% da população com diagnóstico de TEA. Em números absolutos, assim como para o total da população, o Sudeste concentra a maioria, com um pouco mais de um milhão de pessoas diagnosticadas com autismo, seguido pelo Nordeste, com 633 mil; Sul, com 348,4 mil; Norte; com 202 mil e Centro-Oeste, com 180 mil”, ressaltou Raphael Alves, membro da equipe técnica do Censo Demográfico.

Importância do estudo
Para Douglas Menezes, gerente regional do IBGE no Vale do Aço, a pesquisa pode fundamentar políticas públicas aos municípios e estados.

“Como todas as outras informações que são coletadas no Censo, elas servem para dar um balizamento aos nossos governantes ou para própria sociedade civil cobrar dos governantes ou ela mesma ter algumas ações para que a gente consiga, como sociedade, ter algumas soluções para algumas situações que, de certa forma, acometem a nossa sociedade. No tema dos autistas, podemos verificar a quantidade, por exemplo, de pessoas diagnosticadas por município e cobrar dos prefeitos, dos governadores, dos gestores regionais e municipais, algumas políticas públicas com relação a esse público específico, como acesso à educação. Nós precisamos ter um suporte dentro da rede educacional para essas pessoas, nós precisamos ter políticas voltadas ao ingresso nas universidades, no mercado de trabalho. Então com esse número, sendo de conhecimento público, os governantes, os gestores e a sociedade também tem a informação necessária para embasar a tomada de decisão”, afirma.

Pesquisa inédita
O Censo 2022 traz pela primeira vez informações sobre autismo, investigado no questionário da amostra por meio de um quesito no qual o informante declarava se os moradores do domicílio já tinham sido diagnosticados com autismo por algum profissional de saúde.

“Para cada Censo Demográfico é composta uma comissão consultiva, onde nós temos esses temas básicos do questionário em que todos censos vão se repetir e assim, dentro das demandas que a sociedade brasileira tem, pode-se apresentar a essa comissão consultiva algum outro tema que não foi contemplado nos censos anteriores e que, por necessidade da gente fazer um estudo aprofundado, a gente inclui no questionário”, explica Douglas Menezes. “Foi incluída uma pergunta sobre a existência de algum morador no domicílio que foi diagnosticado com o TEA. É importante a gente destacar essa pergunta, porque não é uma avaliação do morador. Perguntamos se havia de fato o diagnóstico médico de que algum morador tinha o Transtorno Do Espectro Autista”, complementa.
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Comentários

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Verdade

24 de maio, 2025 | 13:41

“Para que estudo com dados lógicos se não tem políticas públicas em Ipatinga MG, ou melhor pelo prefeitaço para o tratamento adequado ao portador de TEA,NATEA é para coreano ver.”

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