23 de maio, de 2025 | 13:09
Ícone da fotografia, Sebastião Salgado se vai, aos 81 anos
O trabalho fotográfico denunciou as mazelas da sociedade em mais de 40 países e chamou a atenção para a importância da justiça social e da preservação do meio ambiente
Com informações do Instituto Terra e Agência BrasilO fotógrafo Sebastião Salgado morreu aos 81 anos, na França. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização não governamental fundada pelo fotógrafo.
O artista brasileiro ficou mundialmente famoso por retratar de forma única a realidade de pessoas com dificuldades para sobreviver diante do avanço da modernidade. Ele sempre foi aclamado por comunicar o sentimento de pessoas em situações difíceis de trabalho ou de vida, fugindo de guerras ou da urbanização.
O trabalho fotográfico denunciou as mazelas da sociedade em mais de 40 países e chamou a atenção para a importância da justiça social e da preservação do meio ambiente.
Na prática, comprou a Fazenda Bulcão, em Aimorés, perto da divisa com o estado do Espírito Santo, que se tornou o ponto de partida para o Instituto Terra, uma iniciativa de reflorestamento e desenvolvimento sustentável liderada pelo próprio Sebastião Salgado e sua esposa Lélia. A fazenda, que já estava degradada, foi transformada em um oásis verde, com o plantio de milhões de árvores nativas.
"Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora", diz o texto.
Quando comemorou meio século de atuação na fotografia, Salgado afirmou em uma entrevista à Agence France-Presse (AFP): "Só me falta morrer agora. Tenho 50 anos de carreira e completei 80 anos. Estou mais perto da morte do que de outra coisa. Uma pessoa vive no máximo 90 anos. Então, não estou longe, mas continuo fotografando, continuo trabalhando, continuo fazendo as coisas da mesma forma".
Abaixo, a íntegra do comunicado de sua morte:
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Cidrac Pereira de Moraes
23 de maio, 2025 | 15:30Grande brasileiro. Um humanista, um baluarte da esquerda. Conheçam www.institutoterra.com.br.”
Gildázio Garcia Vitor
23 de maio, 2025 | 14:28Que notícia desagradável! Um dos maiores fotógrafos do mundo, só comparável aos grandes da Europa, como Cartier-Bresson, Capa e McCurry.
E ainda criou, junto com sua esposa, o Instituto Terra, em Aimorés, tão lindo quanto as suas fotografias.”