20 de maio, de 2025 | 06:00

Clássico ruim

Fernando Rocha

Ficou muito abaixo do esperado o maior clássico aqui dos nossos grotões, Cruzeiro x Atlético, que terminou empatado sem gols, diante de um público superior a 60 mil pessoas no Mineirão.

O primeiro tempo foi excessivamente truncado, amarrado, com muitas faltas, algumas delas mais duras, sem inspiração dos jogadores que foram, também, prejudicados pela arbitragem ruim do paulista Flávio Rodrigues de Souza.

O técnico do Cruzeiro, Leonardo Jardim, manteve o time considerado titular, mas esbarrou na forte marcação e no “pé atrás” do Galo de Cuca, que preferiu recuar a sua equipe e tentar surpreender em contra-ataques.

No segundo tempo, esperava-se um jogo mais aberto, mas o panorama continuou o mesmo e nada de novo aconteceu, apesar do maior volume de jogo da equipe celeste.

Os piores
Os treinadores de Galo e Raposa foram os piores personagens deste clássico, ao cometeram erros que prejudicaram as suas equipes e influenciaram no resultado.

O português Leonardo Jardim errou, a meu juízo, por colocar em campo Gabriel Barbosa, o Gabigol, somente aos 39 minutos do segundo tempo, quando o jogo caminhava para o fim.

Tivesse entrado com o atacante no intervalo da partida, a história do jogo poderia ter sido outra, favorável ao time celeste, pois, além de decisivo, Gabigol está muito motivado e traria novo ânimo à equipe celeste.

Já o técnico Cuca errou ao escalar Arana de titular, pois o jogador que estava fora da equipe desde o dia 13 de abril, recuperando-se de contusão, precisou ser substituído aos 18 minutos, após sentir novo problema muscular.

Cuca errou novamente na hora da substituição de Arana, pois optou em colocar Gabriel Menino, outro que também vinha de longo período inativo e sentiu a falta de ritmo de jogo, mas só deixou o gramado aos 29 minutos do segundo tempo, quando entrou no seu lugar o argentino Fausto Vera, que deveria ter começado a partida como titular.

FIM DE PAPO

Agora as atenções se voltam para a Copa do Brasil, que terá jogos decisivos nesta semana. Amanhã, o Atlético vai receber o Maringá, com apoio da torcida na Arena MRV. E como empatou em 2 x 2 o jogo de ida, no Paraná, terá de vencer para seguir na competição. Já o Cruzeiro vai a Goiânia, na quinta-feira, enfrentar o Vila Nova, mas como já venceu no Mineirão, por 2 x 0, poderá perder até por um gol que se classifica.

Já fui narrador de futebol no rádio e na TV, mas estou fora dos microfones nesta função faz alguns anos e, por isso, não arriscaria aceitar um convite para voltar à ativa. Galvão Bueno foi durante as últimas décadas, em minha opinião, o maior e melhor narrador de futebol na TV brasileira. Hoje se trata de uma caricatura do que foi no passado, mas, por dinheiro - apesar de ser milionário -, tem acendido velas para Deus e o diabo ultimamente, queimando a sua imagem.

Na transmissão exclusiva do clássico pelo canal de streaming, Prime Vídeo, Galvão Bueno foi mais divertido que o futebol apresentado pelos dois times ao soltar pérolas e cometer gafes, uma atrás da outra. Chamou por várias vezes o lateral do Galo de “Nataniel”, o Galo virou “cabuloso”, Lyanco era “Alonso”, mudou a nacionalidade de Alan Franco para “colombiano”, o prato mais tradicional do Mineirão foi mudado para “arroz tropeiro”, além de “Galo duro” e chamar o estádio de “casa do Cruzeiro”.

Chances reais de gol ou defesas milagrosas dos goleiros Cássio e Éverson não existiram neste clássico entre os dois maiores rivais mineiros, portanto, o empate de 0 x 0 acabou sendo justo pelo que as duas equipes deixaram de apresentar. O veterano jornalista e radialista, mestre José Rodrigues do Amaral, o Carioca, se estivesse comentando a partida por alguma emissora de rádio da região, certamente diria que foi um clássico “insonso, inodoro e incolor”. (Fecha o pano!)

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