13 de maio, de 2025 | 07:40
Vale do Aço volta a apresentar saldo negativo na geração de empregos em março
Divulgação
O setor industrial foi responsável por gerar mais de 100 empregos, sendo a principal categoria na região
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço 
Após uma amostra de recuperação na geração de empregos formais em fevereiro, a Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) voltou a apresentar resultados negativos em março, conforme dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
Para William Passos, geógrafo e coordenador de Estatística e de Pesquisa do Observatório das Metropolizações Vale do Aço, vinculado ao campus Ipatinga do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), o desempenho regional é compatível com o mau desempenho a nível nacional e regional.
Março realmente não foi um mês muito bom para o Brasil, que gerou só 71.576 vagas, uma geração muito fraca. Minas Gerais gerou apenas 18.169 vagas de saldo, e nesse mês de março o Vale do Aço acabou tendo saldo negativo de 24 vagas, ou seja, 24 trabalhadores com carteira assinada foram demitidos a mais do que admitidos”, afirmou o especialista em dados.
Ipatinga foi o município que mais gerou empregos formais na região, com um saldo de 192. Coronel Fabriciano também teve números positivos, com 32 empregos por carteira assinada gerados. Já Santana do Paraíso apresentou um déficit de 33 vagas, e em Timóteo, foram 215 demissões a mais que admissões.
É um saldo muito fraco, geração muito fraca no mês de março, mas acompanhando a fraca geração no Brasil e também a fraca geração no estado de Minas Gerais”, continuou Passos.
Primeiro trimestre
No entanto, apesar dos números ruins em março, no acumulado do ano a região gerou 956 empregos, com um grande destaque para Ipatinga, com 829 novas vagas preenchidas, o que representa 86,72%. Coronel Fabriciano figura na segunda posição, com 282 assinaturas de carteira, seguido por Santana do Paraíso, com saldo positivo de 32 no primeiro trimestre. Já Timóteo tem uma má performance com um saldo negativo de 187.
É um número, na comparação com anos anteriores, muito bom, embora seja considerado razoável. Mas em anos anteriores, a geração do Vale do Aço vinha muito fraca, é possível uma trajetória de recuperação que terá continuidade nos próximos anos”.
Indústria protagonista
Quando avaliado o terceiro mês de 2025, a indústria é o principal destaque entre os setores na geração de novas vagas, com um saldo positivo de 121 cargos. O setor de construção teve um superávit de 84. Já o comércio teve um déficit de 68, enquanto o serviço demitiu 158 a mais do que contratou e a agropecuária perdeu três vagas, culminando no saldo negativo de 24.
A expectativa é de que os próximos meses sejam melhores para o Brasil, para o Vale do Aço e para Minas Gerais de maneira geral”, finalizou, William Passos.
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