11 de maio, de 2025 | 08:45

Ipatinga fica em 7º lugar no estado na lista de desenvolvimento municipal, aponta pesquisa

Matheus Valadares
Emprego e renda impulsionaram o município ipatinguense no estudo feito pela FirjanEmprego e renda impulsionaram o município ipatinguense no estudo feito pela Firjan
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
O município de Ipatinga é o único da região com o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) alto, em 2023. Os dados foram divulgados pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) no último dia 8.

Quando analisado apenas o ranking mineiro, Ipatinga aparece na 7ª posição, com o IFDM consolidado de 0,8164. Quando avaliado todos os municípios brasileiros, a cidade do Vale do Aço fica em 169º lugar.

Vale ressaltar que a Firjan classifica o IFDM em quatro categorias: crítico, baixo, moderado e alto. Em Minas, o ranking é liderado por Poços de Caldas, seguido por Alfenas (2º), Pará de Minas (3º), Uberlândia (4º), Santa Rita do Sapucaí (5º) e Pouso Alegre (6º). Belo Horizonte aparece na 11ª colocação, como IFDM de 0,8063, ainda considerado alto.

Vale do Aço
Um levantamento produzido por William Passos, geógrafo e coordenador estatístico do Observatório das Metropolizações Vale do Aço/IFMG Ipatinga, e enviado com exclusividade ao Diário do Aço, mostra que Coronel Fabriciano (0,7822) aparece em 2º lugar no desenvolvimento municipal, quando avaliado as cidades do Vale do Aço. Timóteo (0,7524) e Santana do Paraíso (0,6376) estão em 3º e 4º, respectivamente. Todos os três, com índice moderado.

No entanto, quando comparados o IFDM na Educação e Saúde, a liderança regional é de Coronel Fabriciano. “Segundo o agregado estatístico desenvolvido pela Firjan, no contexto da região metropolitana do Vale do Aço, Ipatinga é um município mais dinâmico no que diz respeito a emprego e renda. Porém, no que diz respeito à oferta de educação de qualidade e à oferta de saúde, fica atrás de Fabriciano. Entretanto, a força do emprego da renda gerada em Ipatinga é tão grande que supera essas diferenças no que diz respeito à educação e saúde, fazendo com que no IFDM consolidado fique na 7ª colocação no estado de Minas Gerais”, analisa William Passos.

No âmbito da Educação, Coronel Fabriciano tem o IFDM de 0,7990; Ipatinga, 0,7793; Timóteo, 0,7544; e Santana do Paraíso, 0,5814.

Em Saúde, tem Coronel Fabriciano com 0,7614, seguido por Ipatinga, 0,7603; Timóteo, 0,6941 e Paraíso, 0,6632.

Já no IFDM Emprego e Renda, Ipatinga lidera com 0,9097, na sequência aparece Timóteo com 0,8086; Fabriciano com 0,7862 e Paraíso, 0,6681.

Metodologia
Para calcular o IFDM, o estudo leva em consideração indicadores de emprego e renda, saúde e educação em cada município brasileiro. A pontuação varia de 0,000 a 1,000.

Os critérios, portanto, são diferentes do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) calculado pela Organização das Nações Unidas.

A Firjan considera indicadores como mercado de trabalho formal, Produto Interno Bruto (PIB) per capta, diversidade econômica, taxa de pobreza, educação integral, abandono escolar, educação infantil, formação docente, gravidez na adolescência, óbitos infantis, cobertura vacinal, internações sensíveis à atenção básica e ao saneamento inadequado, entre outros.

É considerado IFDM crítico aquele município que pontua menos de 0,400. Uma pontuação entre 0,400 e 0,599 é considerado IFDM baixo. De 0,600 a 0,799 o IFDM é classificado como moderado. Já municípios com 0,800 ou mais entram na categoria de IFDM alto.

País
A média do IFDM do país subiu de 0,4674 em 2013 para 0,6067 em 2023, um aumento de 29,8%. Nesse período, 5.495 dos municípios brasileiros (99% do total) tiveram melhora no índice.

Os municípios com até 20 mil habitantes, segundo a pesquisa, apresentaram um crescimento mais acelerado em comparação com as cidades com mais de 100 mil habitantes.

O indicador de educação foi o que mais evoluiu nesses dez anos, com um avanço de 52,1%. Mesmo com a melhoria geral da situação do IFDM, 55 municípios apresentaram retrocesso.

A pesquisa mostrou que a maior parte dos municípios com IFDM crítico ou baixo estão nas regiões Norte e Nordeste. Juntas, as duas regiões contabilizam 87% de seus municípios nessa faixa de IFDM.

Os 14 estados com maior percentual de municípios com desenvolvimento baixo ou crítico estão nessas regiões. No Amapá, 100% dos municípios estão nessa situação.

Em seguida, aparecem Maranhão (77,6%), Pará (72,4%) e Bahia (70,5%). Rondônia e Ceará apresentam situação melhor, com percentuais de 26% e 29,1%, respectivamente.

Por outro lado, Sul, Sudeste e Centro-Oeste possuem, em conjunto, apenas cerca de 20% de seus municípios nessa situação.

Em São Paulo, o percentual é de apenas 0,3%. O Rio de Janeiro é o pior estado dessas três regiões, com um percentual de 31,8% (acima de Rondônia e Ceará). (Com informações de Agência Brasil)
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