06 de maio, de 2025 | 07:00
Ai, que ódio!
Nena de Castro *
Ah, os gregos e seus deuses, aqueles seres míticos e poderosos, que nada tendo para fazer, às vezes enjoavam daquela vidinha regada a champanhe e fois gras e começavam a inventar moda. Zeus, o poderoso chefão não podia ver um rabo de saia que caía matando e dava muito trabalho para a esposa Hera vigiar suas aventuras! Como ainda não dispunha de celular, a deusa criou um uótszap particular, ordenando às semideusas que vigiassem o infiel. Nem sempre dava certo, causa de quê Zeus conquistava as espiãs e acabava tudo num frege erótico regado com muito vinho, cigarros de pó de louro e fungadas num talquinho branco feito de lírios.Os filhos dos deuses, deuses também eram, a saber: Marte, deus da guerra, cara nervosinho que gostava de uma escaramuça, é trisavô do nefando Putin. Apolo, deus da arte de atirar com o arco também era o deus da profecia e da música , era o deus sol e divertia-se tacando fortes raios de sol no lombo dos mortais; sua irmã Diana era a deusa da lua e de vez em quando aprontava, mudando as marés; segundo as boas línguas, Vênus, filha de Zeus e de Dione, teria nascido das ondas do mar e levada por Zéfiro, o deus do vento do oeste até a ilha de Chipre, onde foi cuidada pelas Estações. Ao chegar ao Olimpo, belíssima como era, tudo quanto é marmanjo esticou os olhos pra ela, mas o pai a fez casar-se com Volcano, um deus que forjara os raios que usava.
Tadinha da menina, nem pôde escolher seu par! O filho de Vênus, o tal Cupido, na falta do que fazer, ficava atirando a flechas do desejo no coração dos homens e dos deuses e causando algumas paixões problemáticas. Então, certo dia esse monte de come e dorme estava traçando ambrosia e bebendo néctar, coçando o saco, sem nada para fazer, enjoados de ver o replay do show de Lady Gaga e o programa do Ratinho; querendo acabar com a monotonia, puseram-se a pensar e discutir algumas ações estupendas para se divertir.
Foram rechaçadas as sugestões de ver as ninfas peladas tomando banho nas cachoeiras, uma caçada pelas florestas, uma corrida com ovo na colher, uma competição de atirar pedras nos pássaros, entortar os chifres dos gamos, uma disputa de quem fazia mais bolhas debaixo dágua... Até que Mercúrio, deus da ladroagem sugeriu que fundassem o INSS para os humanos, prometendo-lhes uma aposentadoria digna.
E que furtariam, mês a mês, através de descontos de benesses fictícias, o sagrado dinheirinho da aposentadoria deles! Perdão, meus queridos cinco leitores! É que estou abestada, atrapalhada, espandogada, relepada, aviltada, revoltada e horrorizada com a fraude contra os aposentados! Afeeeee! Parece que as maldades contra o povo brasileiro que não vive, apenas aguenta” segundo a canção do Bituca, nunca terão fim! Sai, capetaaaaaaaaa! E nada mais digo, pois a indignação me sufoca!
* Escritora e Encantadora de Histórias
Obs: Artigos assinados não reproduzem, necessariamente, a opinião do jornal Diário do Aço
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