25 de abril, de 2025 | 08:45

Biblioteca escolar de Timóteo ganha nova vida em projeto estadual de leitura

Matheus Valadares
Biblioteca agora conta com novo nicho e gôndolas, além ser um ambiente climatizado e melhor iluminado Biblioteca agora conta com novo nicho e gôndolas, além ser um ambiente climatizado e melhor iluminado
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
Todas as escolas estaduais de Minas Gerais terão as bibliotecas modernizadas, tanto em infraestrutura, quanto no acervo de livros, transformando o ambiente e proporcionando espaços acolhedores e propícios ao aprendizado. No âmbito da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Coronel Fabriciano, 69 novas instituições foram agraciadas. Os avanços fazem parte do Projeto de Leitura e Escrita, do governo de Minas.

Uma das escolas em que as obras já foram concluídas é a Professora Haydée de Souza Abreu, no bairro Limoeiro, em Timóteo. Entre as melhorias, destacam-se as pinturas, a organização dos livros nos nichos, a instalação do ar-condicionado, que garante uma melhor climatização e menor incômodo sonoro aos estudantes e a iluminação.

Ronaldo Mota, diretor da escola, destaca que a revitalização renovou a autoestima tanto dos educadores quanto dos alunos. “A gente vê em certos alunos a vontade deles, o interesse, e os próprios professores ficaram muito entusiasmados quando chegaram no retorno em janeiro, que já estava a obra em andamento, e viram que mudou tudo”, afirma em entrevista ao Diário do Aço. Assista à íntegra das entrevistas no fim da reportagem

Leitura como meio de formação
Conforme o governo estadual, o projeto foi lançado em setembro do ano passado, e é o maior investimento já promovido pelo Executivo para desenvolver as habilidades de leitura e escrita entre crianças e jovens da rede pública.
Anderson Figueiredo
Edvania destaca que todas as escolas da SRE Coronel Fabriciano foram contempladas com os investimentosEdvania destaca que todas as escolas da SRE Coronel Fabriciano foram contempladas com os investimentos


“Hoje, o Projeto de Leitura e Escrita é o carro-chefe da Secretaria de Estado de Educação (SEE), porque a gente entende a importância para o desenvolvimento integral do estudante, o desenvolvimento da competência de leitura. Dentro desse projeto nós temos aí a previsão investimentos em todas as bibliotecas, além de revitalização das bibliotecas, tanto do espaço físico, tanto também com a constituição de um acervo que vem ao encontro do interesse dos nossos estudantes e o trabalho do projeto tem outras frentes, como investimento na formação de professores”, afirma Edvania Andrade, superintendente regional de ensino.

Para Ronaldo, o projeto facilita um desenvolvimento integral dos estudantes, promovendo a leitura como ferramenta essencial para a formação cidadã e elaboração de pensamentos críticos. Ele celebra a aquisição de obras contemporâneas que não tinha no acervo da escola, e que ajudam os alunos a ampliarem o senso de mundo. “Coloca o menino à parte da política mundial em todos os aspectos. Não só a internet que já traz o material produzido, eles produzem o próprio pensamento. Então investir na estruturação da escola e na capacitação do aluno é fundamental”, frisa.

Quem já aprovou a revitalização da biblioteca da Escola Haydée de Souza é Alice Andrade dos Reis, aluna do 3° ano e leitora assídua e amante dos livros de fantasias, ficção e romance.
Anderson Figueiredo
Ronaldo Mota enfatiza como a revitalização pode ser útil para os alunosRonaldo Mota enfatiza como a revitalização pode ser útil para os alunos


“Achei perfeita [a biblioteca], como leitor. Aqui na escola temos muitas pessoas que leem, e ter um espaço bom para a leitura é importante porque não é todo lugar que se pode ler, por exemplo, no refeitório tem muito barulho, acaba incomodando um pouco, então ter o espaço para ler é muito melhor”, afirma

Pós-pandemia
Edvania Andrade ainda relembra que a educação, como um todo, sofreu um grande baque devido à pandemia da covid-19, e que o projeto facilita a retomada e ampliação do aprendizado.

“A gente viveu um período muito triste de interrupção das atividades presenciais na época da pandemia. Então retomar [as aulas] e retomar agora com esse trabalho, com essa força, com essa valorização da educação, com essa valorização da escola para a gente recompor realmente a aprendizagem que foi afetada, e esse projeto é fundamental para a gente retomar os nossos resultados, retomar o desenvolvimento dos nossos estudantes”, finalizou.

Investimentos
O governo de Minas divulgou que dos mais de R$ 212 milhões destinados ao Projeto de Leitura e Escrita, R$ 180 milhões estão sendo aplicados na reforma e modernização das bibliotecas escolares em mais de 3,4 mil escolas da rede estadual.

Além disso, o projeto abrange a aquisição de novos acervos literários, com R$ 7 milhões destinados a essa área, R$ 5 milhões para a plataforma Elefante Letrado, que visa aprimorar a compreensão leitora dos alunos do 6º ano, e R$ 20 milhões investidos no Território da Leitura, voltado para os alunos do 5º ano do ensino fundamental, promovendo a fluência leitora e ampliação do repertório cultural.

Café Literário

Anderson Figueiredo
Flávia é responsável por um projeto da própria escola que incentiva o hábito de leitura e que utiliza a biblioteca para apresentaçõesFlávia é responsável por um projeto da própria escola que incentiva o hábito de leitura e que utiliza a biblioteca para apresentações
Dentro da própria E.E. Professora Haydée, há um projeto que materializa a importância da leitura no dia a dia do aluno. O projeto Café Literário visa incentivar a leitura, promovendo a escrita, o pensamento crítico, ampliação de vocabulário, de ortografia, e demais habilidades dentro da língua portuguesa.

“Eles [alunos] leem a obra de forma individual e depois eles reúnem em grupos e explicam as obras que eles leram. Eu entrego um roteiro, cada grupo normalmente faz uma análise de uma parte do livro e eles decidem uma forma de apresentar em grupo, e pode ser por meio de slides, ou outra forma, eles usam a estratégia que eles quiserem. Hoje o grupo decidiu fazer um jornal, então eles vão transformar o livro num jornal e eles vão como repórteres, apresentar esse trabalho”, conta Flávia Cristian Alves Giacomin, professora de Língua Portuguesa e coordenadora do Café Literário.

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