12 de abril, de 2025 | 08:55

Minas Gerais registra 877 casos de tuberculose nos primeiros três meses do ano

Arquivo DA
Uso de máscaras previne a transmissão da doençaUso de máscaras previne a transmissão da doença

Até o mês de março, o estado de Minas Gerais registrou quase 900 casos de tuberculose, com a capital, Belo Horizonte, acumulando o maior índice de ocorrências. No Vale do Aço, foram 27 registros da doença, com Ipatinga somando o maior número de casos da região. Os dados, analisados pela reportagem do Diário do Aço, são do painel epidemiológico de tuberculose da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.

O município de Ipatinga registrou 10 casos de tuberculose, seguido por Coronel Fabriciano, com quatro registros, Santana do Paraíso (3), Belo Oriente e Timóteo, ambos com dois, e Caratinga, Dionísio, Ipaba, Periquito, Santa Rita de Minas e Ubaporanga, com um caso cada.

Cerca de 81% dos infectados são homens, com um índice maior entre a população de 40 a 49 anos, somando oito registros. Ao todo, foram 22 pessoas do sexo masculino acometidas pela doença. Já as mulheres formam um grupo relativamente menor de infectadas, com apenas cinco notificações e com o maior número (2) entre aquelas de 30 a 39 anos.

Entre os casos de tuberculose com agravos associados, o alcoolismo e o tabagismo aparecem em maior medida, com 13 e 9 casos, respectivamente, podendo haver interseção entre eles. Em seguida está o uso de drogas ilícitas (7), doença mental (4), diabetes (3), aids (2) e outras doenças e agravos (2).

De acordo com o Ministério da Saúde, a tuberculose pode acontecer de três formas, sendo elas pulmonar; extrapulmonar; e pulmonar combinada ao extrapulmonar. Nesse sentido, no Vale do Aço, 81,4% dos casos apresentados até março se enquadram na forma pulmonar da doença que, segundo o ministério, além de ser a forma mais frequente da doença, também é a principal responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da bactéria responsável pela infecção.

Já na forma extrapulmonar, em que a infecção acomete outros órgãos com exceção do pulmão, a região registrou apenas um caso. O ministério informa que esse tipo de manifestação é mais frequente em pessoas que vivem com HIV, especialmente aquelas que têm o sistema imunológico comprometido.

Tuberculose
Entre os principais sintomas da doença, segundo o Ministério da Saúde, estão tosse por três semanas ou mais, podendo ser seca ou com produtiva; febre vespertina; suor noturno; e emagrecimento. Além disso, a transmissão da tuberculose acontece, principalmente, por via respiratória, ou seja, pela eliminação de partículas contaminadas por meio da fala, tosse e espirro de uma pessoa com tuberculose ativa (sendo pulmonar ou laríngea), sem tratamento. O ministério alerta que “a tuberculose não se transmite por objetos compartilhados”.

O tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde e dura, pelo menos, seis meses. Entretanto, é importante que os pacientes, apesar da melhora inicial após o começo do tratamento, continuem com as orientações médicas até o fim, uma vez que o tratamento irregular pode complicar a doença e resultar numa tuberculose com resistência medicamentosa.
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