11 de abril, de 2025 | 08:55

Dia do Infectologista, profissional destaca importância da especialidade e desafios no combate às arboviroses

Enviada ao Diário do Aço
Carmelinda Lobato é infectologista há 22 anos e atua na rede municipal de Ipatinga desde 2006Carmelinda Lobato é infectologista há 22 anos e atua na rede municipal de Ipatinga desde 2006

Nesta sexta-feira (11), é celebrado o Dia do Infectologista, profissão que atua no controle, conscientização e combate aos vírus prejudiciais à saúde. Nesse sentido, a médica infectologista Carmelinda Lobato de Souza, de 50 anos, atua na área há 22 anos, sendo efetivada na rede municipal de Ipatinga desde 2006. Em entrevista ao Diário do Aço, ela explicou sobre a chikungunya e a dengue, arboviroses que mais acometem a região.

Em 2024, Ipatinga enfrentou um dos maiores surtos de chikungunya da região, que marcou a quarta epidemia de arboviroses desde que a médica começou a trabalhar no município. “Essa epidemia teve uma característica diferente, pois muitas pessoas já haviam tido contato com o vírus da dengue, mas ainda estavam suscetíveis à chikungunya”, explicou.

Segundo Carmelinda, a faixa etária mais afetada foi a dos adultos jovens, que costumam frequentar mais ambientes ao ar livre. “Infelizmente, não temos a cultura de usar repelente na nossa região, e isso facilita a contaminação pelo Aedes aegypti”, afirmou. Apesar disso, ela acredita que a conscientização sobre o uso de repelente cresceu durante o surto.

A médica também ressaltou a diferença entre os vírus da dengue e da chikungunya. “Quem já teve contato com o vírus da chikungunya adquire imunidade, o que não acontece com o da dengue, que pode infectar a mesma pessoa até quatro vezes, devido à circulação de diferentes sorotipos”, alertou.

Vacina
Carmelinda reforça a importância da vacinação, especialmente com a chegada da vacina contra a chikungunya. “Faço um apelo para que todos sigam o protocolo do Ministério da Saúde e participem da campanha de vacinação, que será essencial para evitar formas graves da doença”, ressalta a infectologista.

Ela também alerta para a gravidade que a chikungunya pode atingir em determinados grupos. “Pode haver complicações cardíacas, neurológicas, pulmonares e até insuficiência renal. Crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas são os mais vulneráveis”, afirma.

Apesar da epidemia enfrentada no último ano, a possibilidade de novos surtos não está descartada. “O vírus continua circulando, e ainda há muitas pessoas suscetíveis. Precisamos continuar atentos, principalmente com a eliminação dos focos do mosquito e o uso constante de repelente”.

Além disso, a infectologista orienta a população a procurar atendimento adequado conforme os sintomas apresentados. “Quadros graves devem ser encaminhados às unidades de emergência, como a UPA ou o Hospital Márcio Cunha. Assim, evitamos a sobrecarga dos serviços de saúde e garantimos atendimento adequado para todos”, conclui.

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Comentários

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Gildázio Garcia Vitor

11 de abril, 2025 | 14:41

“Doutora Carmelinda, profissional admirável, nesta árdua tarefa de convencer os pais da importância das vacinas para todos, mas especialmente para as crianças de até 5 anos.
Doutora Carmelinda, Mãe admirável do meu ex-aluno, um dos mais brilhantes e educado, que passamos um pelo outro, Miguel; e da minha aluna Helena.”

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