10 de abril, de 2025 | 15:24
Lojistas da região projetam crescimento nas vendas para esta Páscoa
Paulo Sérgio/Divulgação
Mesmo com a alta do cacau e desafios econômicos, a expectativa é de crescimento nas vendas no atacado e varejo

A Páscoa voltou a aquecer o comércio no Vale do Aço. Apesar do aumento expressivo no preço do cacau e de um cenário econômico desafiador, empresários da região projetam crescimento nas vendas em 2025. A combinação entre tradição religiosa, comportamento do consumidor e estratégias de mercado mantêm viva a força da data, considerada uma das mais relevantes do primeiro semestre para o varejo e o atacado.
Para o presidente do Sindcomércio Vale do Aço, José Maria Facundes, a Páscoa tem um forte apelo emocional e religioso, que impacta diretamente o comércio local. A expectativa dos empresários é de movimento intenso a partir da quarta-feira que antecede o domingo de Páscoa. Como os feriados de 18 e 21 de abril estão próximos, é provável que haja antecipação nas compras. É uma data que une fé, afeto e tradição e isso se reflete no comportamento de consumo”, avalia Facundes, que também é vice-presidente da Fecomércio MG.
Segundo levantamento da Fecomércio MG, 41,7% dos varejistas do setor alimentício em Minas Gerais projetam um bom desempenho nas vendas nesta Páscoa. Além disso, 39,9% dos empresários têm expectativas de faturamento superior ao registrado em 2024, sinalizando otimismo e oportunidades para o setor. O Sindcomércio reforça que, mesmo diante da inflação e do aumento dos custos, o setor está preparado para atender à demanda dos consumidores. O trabalho começa muito antes da Páscoa, com definição de estoques, negociações e estratégias de marketing. A data representa não só uma oportunidade comercial, mas também um momento de renovação econômica para o setor”, afirma José Maria Facundes.
Supermercados
A Páscoa carrega consigo os 40 dias da Quaresma, período que antecede a celebração e impacta diretamente o consumo de gêneros alimentícios. O gerente da unidade de Coronel Fabriciano de uma grande rede de supermercados, Geraldo Magela, confirma a tendência de alta nas vendas desde o fim do carnaval. Logo no início de abril já sentimos o aumento na procura por peixes, chocolates e, especialmente, ovos de Páscoa. A maior intensidade vem mesmo na semana que antecede o feriado”, afirma.
Além dos chocolates, a Semana Santa mantém a tradição do consumo de peixes e enlatados. Com o preço elevado do bacalhau, os consumidores têm buscado alternativas como filé de merluza, tilápia e piramutaba. Sardinha e atum enlatados também são muito vendidos, assim como palmito e milho verde, que acompanham as refeições típicas dessa época”, detalha Magela.
O sábado de Aleluia, segundo ele, registra o pico de vendas de carnes e bebidas alcoólicas e não alcoólicas. É o momento em que muitas pessoas encerram os períodos de jejum e se reúnem para celebrar. Para o comércio, é um dos dias mais movimentados do ano”. Para o gerente, a Páscoa é a principal data do comércio no primeiro semestre e pode até superar o Dia das Mães em volume de vendas. No ano inteiro, talvez fique atrás apenas da Black Friday e do Natal. Mas, neste primeiro semestre, é, sem dúvida, o nosso melhor momento”, conclui.
Funcionamento do comércio na região
Comércio alimentício
18 de abril (sexta-feira Paixão de Cristo): fechado em Coronel Fabriciano, Ipatinga e Timóteo.
21 de abril (segunda-feira Tiradentes): Coronel Fabriciano e Timóteo 7h às 14h | Ipatinga: 8h às 18h
29 de abril (terça-feira Aniversário de Ipatinga e Timóteo): Ipatinga: 8h às 18h | Timóteo: 7h às 14h
Demais setores do comércio
As lojas de rua e centros comerciais não terão expediente nos feriados, conforme a Lei 11.603/2007. Shoppings poderão funcionar de forma facultativa, desde que sem utilização da mão de obra de seus funcionários, conforme legislação vigente. Serviços essenciais, como farmácias, padarias e postos de combustíveis, têm autorização para operar normalmente.
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