28 de março, de 2025 | 07:12

Operação El Paso cumpre mandados contra envolvidos com o tráfico de migrantes para os EUA em Ipatinga e Bugre

Divulgação PF
Mandados judiciais foram expedidos pela Justiça Federal de Ipatinga e cumpridos em Bugre e outras localidades do Vale do Aço Mandados judiciais foram expedidos pela Justiça Federal de Ipatinga e cumpridos em Bugre e outras localidades do Vale do Aço

Um esquema de facilitação de entrada ilegal de moradores do Vale do Aço nos Estados Unidos é alvo da operação El Passo, da Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira (28). O objetivo é desmantelar uma organização criminosa especializada no contrabando de migrantes da região com destino aos Estados Unidos.

Conforme a Polícia Federal, a investigação teve início a partir de informações sobre dois membros de uma mesma família, pai e filho, responsáveis pelo envio de brasileiros a países da América Central, como México, El Salvador, Panamá e Costa Rica, com a finalidade de ingressar ilegalmente nos EUA através da fronteira mexicana.

Como pagamento pelos “serviços” de tráfico de migrantes (conhecidos como “coiotes”), pai e filho cobravam entre U$ 15 mil e U$ 21 mil por pessoa. A dívida era quitada, entre outros meios, com veículos pertencentes aos migrantes, os quais eram entregues com procurações registradas em cartórios, autorizando a transferência dos bens. Isso permitia que os investigados negociassem os veículos diretamente com terceiros.

Os investigados chegaram a alugar um galpão para armazenar os veículos em virtude da quantidade recebida e, em seguida, estruturaram uma empresa para comercializar os bens, visando quitar a dívida pelos serviços ilegais prestados.
A investigação revelou como os “coiotes” se especializaram na promoção da migração ilegal, organizando viagens para grupos inteiros, muitas vezes compostos por pais e filhos menores de 18 anos. Além de adquirir passagens aéreas para os migrantes em um único localizador por grupo, os criminosos garantiam o transporte terrestre e reservas de hotéis até a travessia da fronteira com os EUA.

Além disso, pai e filho mantinham articulações com autoridades mexicanas para evitar a captura, detenção e deportação dos migrantes enviados a esse país, contratando “coiotes” locais que acompanhavam os grupos até a fronteira dos Estados Unidos.

As vítimas, além de transferirem veículos e propriedades imóveis, também recorreriam a opções financeiras para pagar pelos serviços dos “coiotes", utilizando contas bancárias de familiares para realizar as transações e receber os valores.

Mais de 700 vítimas

Até o momento, mais de 700 migrantes brasileiros foram identificados como vítimas do esquema, entre 2018 e 2024. Desses, 227 eram menores de idade à época das viagens.

“O expressivo número de pessoas enviadas ilegalmente para os EUA, aliado aos altos valores cobrados por cada migração bem-sucedida, explica o estilo de vida ostentoso dos investigados, que exibiam carros de luxo, imóveis de alto padrão e viagens internacionais, além de fotos com grandes quantias de dinheiro e refeições em restaurantes sofisticados”, divulgou a PF.

Foram cumpridos nesta sexta-feira, sete mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, todos autorizados pela Justiça Federal, em Ipatinga e Bugre, no Vale do Aço. A Justiça Federal também determinou o sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados, até o limite de R$ 62.647.200,00 (sessenta e dois milhões, seiscentos e quarenta e sete mil e duzentos reais).

Crimes cometidos

Os investigados poderão responder pelo crime de contrabando de migrantes, que é cometido quando alguém promove a entrada ilegal de estrangeiros no Brasil ou de brasileiros no exterior, com o intuito de obter vantagem econômica, e pelo crime de promover ou auxiliar o envio de crianças ou adolescentes para o exterior sem seguir as formalidades legais. A polícia federal não divulga nomes de pessoas investigadas (Com informações da Comunicação Social da Polícia Federal em Minas Gerais)
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Comentários

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Coi

31 de março, 2025 | 18:55

“Ipatinga cadê federal em coiote tropicando kkk”

Mamata

29 de março, 2025 | 14:57

“Foi vice (entendedores entenderão)”

Ivanyr

28 de março, 2025 | 21:07

“Não concordo que seja tráfico. Todos vão porque desejam, não são obrigados como os homens e mulheres da África eram, na época do tráfico humano, isso sim era ilícito, agora os coiotes não pegam ninguém a força, eles são procurados, e fazem o que muitos não fazem. E se n fosse tão difícil ter o visto, não precisava disso. Não acho justo prender esses COIOTES. PARA MIM ESTÃO TRABALHANDO, E HONESTAMENTE. MINHA OPINIÃO.”

Leeder

28 de março, 2025 | 19:09

“Coitado.”

Marcos

28 de março, 2025 | 10:07

“Isso eles fazem mas os políticos corruptos ninguém vai atrás né, ilegal ir er mas ninguém foi obrigados não eles foram justamente porque esse brasil tá um país de merda devido esses políticos safados se eles tão imigrando pra outro país atoa não er essa justiça no Brasil tá uma merda tá igual a corja dos políticos corruptos mesmo esse país er um lixo”

Peanut

28 de março, 2025 | 07:51

“Apreensão até valor 60 milhões, admira que está sofrendo grande revés este negócio, a América nestes tempo de Trump, não é atraente quem vai arriscar de ir ilegal, correr risco ser deportado.”

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