23 de março, de 2025 | 16:37
Defesa irá recorrer de sentença contra homem que matou o genro para defender a filha em Antônio Dias
Alex Ferreira/Arquivo DA
Julgamento no Tribunal do Júri na Comarca de Coronel Fabriciano resultou em uma pena de 11 anos por homicídio em Antônio Dias

Levado a julgamento no Tribunal do Júri da Comarca de Coronel Fabriciano, na semana que passou, Edmilson Rosa de Oliveira, de 50 anos, foi sentenciado a cumprir 11 anos de reclusão em regime fechado por ter matado o genro, Leonardo Anastácio, o Leo BH, de 32 anos, em julho de 2024, em Antônio Dias, conforme noticiado pelo Diário do Aço à época. Edmilson poderá recorrer da sentença, mas o juiz que presidiu a sessão do Júri Popular, dia 19/3, não concedeu o direito de recurso em liberdade. Um segundo envolvido no crime teve o processo desmembrado e será julgado posteriormente.
O advogado Luiz Eduardo dos Santos Pereira Gomes, que atuou na defesa do réu, anuncia que vai recorrer da sentença. Em entrevista ao Diário do Aço, o advogado explicou que foi um júri bem atípico. Nós, da defesa, sustentamos a absolvição pela inelegibilidade de conduta adversa, uma vez que o pai ali agiu motivado para defender a filha e evitar o pior, pois tanto ela quanto o neto sofriam constantes atos de violência doméstica”, enfatizou.
Reprodução
Leo BH foi assassinado enquanto dormia, depois de seguidos casos de violência contra a esposa em Antônio Dias

Conforme o advogado, a vítima (Leonardo Anastácio, o Leo BH) já tinha duas condenações por violência doméstica, respondia a inquéritos e processos. Então, diante desses fatos, queríamos a absolvição do réu. Solicitamos também, alternativamente, o homicídio privilegiado, por relevante valor moral. Ao fim, os jurados não acolheram a tese de absolvição, mas acolheram a questão do relevante valor moral e deram homicídio privilegiado, porém qualificado porque a vítima foi morta enquanto dormia.
A pena ficou no patamar de 11 anos. Pretendo recorrer, porque mesmo com o redutor, a pena ficou muito elevada. Também o juiz não quesitou a causa de diminuição de pena, da colaboração premiada. O réu foi confesso, deu detalhes do fato e apontou o coautor. Então, a meu ver, deveria haver a quesitação da minorante, do artigo 14, conforme posicionamento majoritário do STJ", detalhou o advogado.
Luiz Eduardo dos Santos explicou que, no dia 19, somente o sogro da vítima do homicídio foi a julgamento. O segundo envolvido no crime recorreu da pronúncia de sentença. Já, no caso do meu cliente, eu pedi para desmembrar o processo para que fosse julgado de uma vez”, enfatizou.
Entenda o crime
O homicídio foi praticado na manhã de uma terça-feira, dia 16 de julho de 2024, conforme noticiado à época pelo jornal Diário do Aço. Leonardo Anastácio, o Leo BH, de 32 anos, foi encontrado morto em sua casa na rua Manoel de Castro Moraes, no bairro Novo Centro, em Antônio Dias.
Leo foi assassinado a golpes de madeira na cabeça e no peito enquanto dormia. O sogro e um amigo da família foram presos e confessaram à Polícia Militar a autoria do crime.
Por meio de imagens de câmeras de segurança, a polícia identificou os dois autores do homicídio: Edmilson Rosa de Oliveira, de 50 anos, sogro da vítima, e Edvaldo Ferreira de Lima, de 36 anos, amigo da família.
Em depoimento, Edmilson confessou o crime e alegou que a motivação seriam as constantes agressões que Leonardo praticava contra sua filha e neto. Ele disse que a vítima teria batido em seu neto no dia anterior, o que o motivou a cometer o assassinato.
Edvaldo, por sua vez, disse que a vítima havia ameaçado sua mãe com uma faca em data anterior. Inclusive, a mulher nem sequer ia mais à igreja, pois estava com medo diante das ameaças. Ele afirmou que, no dia do crime, golpeou Leonardo no peito com um pedaço de bambu. Ambos foram presos e encaminhados ao sistema prisional.
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Justo
25 de março, 2025 | 19:05O bandido condenado estava livre e o pai que foi defender a filha livrando a sociedade do bandido é que vai preso , é o fim do mundo mesmo.”
Cada Comentário
24 de março, 2025 | 13:56Cada comentário lixo aqui, esse povo de Ipatinga é difícil viu”
Valdecir
24 de março, 2025 | 07:42Só no Brasil mesmo! Matar o sujeito que se encontrava dormindo e alegar legítima defesa.”
Gomes
24 de março, 2025 | 07:13Se a filha não tivesse envolvida com marginal o pai não estaria nesta enrrascada, agora o pai preso e ela numa boa pra fazer o que quiser.”