23 de março, de 2025 | 09:00

Casos de HIV/AIDS no Vale do Aço já somam 14 registros em 2025

O Vale do Aço já registrou 14 casos de HIV/AIDS em 2025, sendo 11 de HIV e três de AIDS, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, analisados pela reportagem do Diário do Aço. As informações indicam que Ipatinga já registrou cinco casos de HIV/AIDS, sendo o único município a registrar ambos na região.

A maioria dos casos ocorreu entre pessoas de 20 a 29 anos, com oito registros. A faixa etária de 50 a 59 anos contabilizou três casos, enquanto os grupos de 40 a 49 anos e 30 a 39 anos tiveram dois e um caso, respectivamente.

Perfil dos infectados
Os dados mostram que 78,57% dos casos foram notificados em homens e 21,43% em mulheres. Em relação à escolaridade, quatro pessoas concluíram o ensino médio, três finalizaram o ensino fundamental, uma completou o ensino superior e outra chegou até a quarta série do ensino fundamental. Em quatro registros, a informação não foi preenchida.

Os casos de AIDS estão distribuídos entre os municípios de Ipatinga (2) e Periquito (1). Já os registros de HIV foram notificados nos municípios de Caratinga (3), Coronel Fabriciano (4), Ipatinga (3), Timóteo (1). Do total, 12 pessoas tiveram diagnóstico confirmado por exames laboratoriais, enquanto duas ainda não realizaram testes conclusivos.

As notificações também registram doenças associadas à AIDS, como anemia, caquexia, astenia, diarreia crônica, candidíase oral e febre persistente. Em 21,43% dos casos, houve menção da AIDS na declaração de óbito como causa da morte associada à imunodeficiência.

HIV/AIDS em 2024
No ano passado, no Vale do Aço, foram registrados 165 casos de HIV/AIDS na região, sendo 115 de HIV e 50 de AIDS. Naquele ano, entre os municípios com os maiores índices de ocorrência das doenças, Ipatinga contabilizou 15 notificações de AIDS e 47 de HIV, Coronel Fabriciano registrou 14 de AIDS e 11 de HIV, e Caratinga fechou o ano com 7 casos de AIDS e 17 de HIV.

Diferença
De acordo com o Ministério da Saúde, “A AIDS é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês)”. Pessoas portadoras de HIV/AIDS que não estão em tratamento ou que mantém uma carga viral detectável podem transmitir o vírus a outras pessoas durante relações sexuais desprotegidas. Além disso, o compartilhamento de seringas contaminadas também pode ser um meio de transmissão, assim como de mãe para filho durante a gestação ou amamentação sem a devida prevenção.

“O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente testes para diagnóstico do HIV (o vírus causador da Aids), e também para diagnóstico da sífilis e das hepatites B e C. Existem, no Brasil, dois tipos de testes: os exames laboratoriais e os testes rápidos. Os testes rápidos são práticos e de fácil execução; podem ser realizados com a coleta de uma gota de sangue ou com fluido oral e fornecem o resultado em, no máximo, 30 minutos”, informa o Ministério da Saúde.