22 de março, de 2025 | 08:40

Vale do Aço já registrou 1.056 casos de dengue em 2025

Rafael Mendes/SESMG
Pratos de vasos de planta, pneus, calhas e caixas d'água estão entre os recipientes que, descartados ou armazenados da forma incorreta, geram criadouros de mosquitos da denguePratos de vasos de planta, pneus, calhas e caixas d'água estão entre os recipientes que, descartados ou armazenados da forma incorreta, geram criadouros de mosquitos da dengue

Nesta sexta-feira (21), as notificações de dengue no Vale do Aço chegaram à marca de 1.056 casos em 2025. As informações, disponíveis no Painel de Vigilância das Arboviroses em Minas Gerais, indicam que Ipatinga e Coronel Fabriciano são os municípios que lideram a lista com os maiores números, enquanto municípios como São Sebastião do Anta e Vermelho Novo ainda não registraram casos da doença. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), analisados pela reportagem do Diário do Aço.

Ipatinga, desde o começo do ano, já contabilizou 531 casos de dengue. Seguido por Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso, ocupando a segunda e terceira posições na lista de municípios com a maior incidência da dengue, com 259 e 81 casos, respectivamente. Apesar dos números altos, nenhum óbito foi registrado na região, de acordo com os dados da SES-MG.

Perfil dos infectados
A faixa etária mais infectada foi de adultos entre 20 e 29 anos, para ambos os sexos. Entre os jovens adultos afetados, 137 são do sexo feminino, enquanto 175 são do sexo masculino. Crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos também estão entre os mais infectados, com 91 casos para o sexo feminino e 93 para o masculino. Os idosos contabilizaram baixos números de casos de dengue, somando apenas 62 ocorrências entre pessoas de 60 e 89 anos.

Dengue em 2024
No ano passado, a região do Vale do Aço, neste mesmo período, já registrava mais de 17 mil casos de dengue e oito óbitos confirmados. Naquela época, os três municípios com os maiores índices da doença eram Caratinga, Ipatinga e Coronel Fabriciano, com 5.284, 4.673 e 3.616 ocorrências, respectivamente.

Somente em 2024, foram registrados 23.271 casos de dengue no Vale do Aço, com destaque para os três primeiros meses do ano, que contabilizaram mais da metade das notificações anuais.

Prevenção e tratamento
De acordo com o Ministério da Saúde, fatores como urbanização, crescimento desordenado da população, saneamento básico precário e mudanças climáticas mantêm as condições positivas para a presença do mosquito. “A dengue possui padrão sazonal, com aumento do número de casos e o risco para epidemias, principalmente entre os meses de outubro de um ano a maio do ano seguinte”, informa. Além disso, o período chuvoso também é propício para a proliferação de mosquitos Aedes aegypti.

Por isso, é importante ficar atento à forma de descarte e armazenamento de recipientes que possam acumular água parada como pneus, pratos de vasos de flor, caixas d’água e calhas. A vacinação contra a dengue está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), o que faz do Brasil o primeiro país a ofertar essa profilaxia pelo sistema público de saúde.

Em casos de sintomas como febre, dores de cabeça e nas articulações, dores atrás dos olhos, dores abdominais e vômitos persistentes, é aconselhado a procura de um profissional da saúde. O tratamento é feito com repouso e ingestão de líquidos, o médico pode passar um tratamento medicamentoso para as dores e os infectados não devem se automedicar.
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