14 de março, de 2025 | 08:50

Vale do Aço começa 2025 com déficit na geração de empregos formais

Arquivo DA
No mês de janeiro foram feitas 1.044 demissões a mais do que admissões na regiãoNo mês de janeiro foram feitas 1.044 demissões a mais do que admissões na região
Por Matheus Valadares - Repórter Diário do Aço
A Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) fechou o mês de janeiro com um saldo negativo na geração de empregos por carteira assinada (CLT). Ao todo, foram 1.044 vagas eliminadas no primeiro mês do ano.

Conforme os dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e tabulados para o Diário do Aço por William Passos, geógrafo e coordenador de Estatística e de Pesquisa do Observatório das Metropolizações Vale do Aço, vinculado ao campus Ipatinga do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), mostram que o déficit foi puxado pelo município de Ipatinga. Em relação aos setores, serviços foi o que mais demitiu.

“No que diz respeito aos setores econômicos, o que explica o resultado é o desempenho muito ruim, tanto da indústria quanto do setor de serviços, que são os dois setores que puxam emprego no Vale do Aço. O setor de serviço demitiu 711 trabalhadores, um número muito ruim, e a indústria demitiu 375 trabalhadores”, avalia William.

Quanto ao rendimento do comércio, que também fechou o mês com demissões acima de admissões, o geógrafo explica que já era esperado.

“Janeiro é o mês de redução de movimento, aquele mês posterior ao aumento de movimento do final de ano, que tem Natal, as festas de fim de ano, que propicia o aumento das contratações temporárias, enquanto muitos desses funcionários, com a queda de movimento do mês de janeiro, acabam sendo desligados. Então não é novidade o comércio registrar um número negativo em janeiro”, explica o especialista.

Além disso, a agropecuária fechou o mês com saldo positivo de dois empregos e o setor de construção gerou mais 100 vagas formais de trabalho.

“É um setor com muita informalidade, mas assinou a carteira de mais 100 funcionários, registrando um número importante, um número que não pode ser desprezado e que, de uma certa forma, ajudou a não tornar o saldo de trabalhadores com carteira assinada ainda pior na região”, continua Passos.


Dois municípios que mais empregaram

Os municípios de Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso foram os que conseguiram empregar mais do que demitir, fechando o janeiro com saldo positivo de 20 e 29 empregos formais gerados, respectivamente. Já Timóteo fechou o primeiro mês do ano com perda de 340 empregos, enquanto Ipatinga demitiu 753 a mais do que contratou. Os números na região foram diferentes dos números alcançados pelo Brasil e Minas Gerais.

“Em janeiro de 2025, o Brasil gerou mais de 137 mil novos empregos com carteira assinada, um número muito bom. Aliás, o Brasil já vem registrando nos últimos anos bons números dentro do mercado de trabalho. Em Minas Gerais se destacou no mês de janeiro, que não foi um mês muito bom para muitos estados brasileiros. Alguns estados que costumam gerar saldos positivos fecharam janeiro com saldo negativo, mas Minas Gerais gerou mais de 4 mil empregos com carteira assinada. Entretanto, os números de janeiro não foram muito bons no Vale do Aço, que fechou janeiro com 1.044 demissões”, finalizou William.
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Comentários

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Alexandre

15 de março, 2025 | 09:40

“Ipatinga precisa trazer empresas para a cidade ,só clinica,farmácia, supermercado e academia não vai dar”

Daniel Florentino de Souza

14 de março, 2025 | 10:43

“Usiminas mecânica precisando de montador de andaime mecânica”

Ronaldo

14 de março, 2025 | 09:43

“Empresários do vale do aço tem que tomar vergonha na cara e dá um ticket alimentar parar de ficar pagando migalha e ninguém vive com salário mínimo mais não e essa maldita escala 6x1 aí também ninguém quer não os empresários tem que colocar a família dele para ganhar um salário mínimo para ver se é bom vai continuar faltando mão de obra enquanto eles não dão um salário justo e acabar com essa escala seis por um”

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