
13 de março, de 2025 | 07:30
Sedentarismo físico e mental
Kléber Sousa *
O dia 10 de março é considerado o dia mundial de combate ao sedentarismo. É um tema que precisa muito estar no dia a dia de todos os seres humanos, para que haja uma conscientização de que é um problema grave no que diz respeito à saúde.Quando falamos em sedentarismo, pensamos somente na ausência de atividades físicas regulares. Essa ausência ou a pouca regularidade na prática de fazer os exercícios, contribui para o surgimento de doenças como a hipertensão e a obesidade, e com isto o reflexo será problemas do coração.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), 47% das pessoas adultas no Brasil são sedentárias, e nos jovens esse índice chega a 84%.
É preciso ter a consciência quanto à importância de praticar qualquer tipo de esporte ou atividade física. Até mesmo descer do ônibus alguns quarteirões antes de chegar ao destino e terminar o percurso a pé. Usar cada vez menos o elevador. Evitar usar o carro ou moto para ir na esquina comprar pão ou qualquer outra coisa.
SEDENTARISMO MENTAL - Gostaria de discorrer sobre outro tipo de sedentarismo que está assolando o nosso mundo atual, cuja comodidade da tecnologia, e agora mais forte com a Inteligência Artifical, contribui cotidianamente para a preguiça do pensar.
A telinha do telefone e a telona da televisão substituem, cada vez mais, o bate papo familiar, a conversa jogada fora com os amigos, as brincadeiras de criança. E olha que tem criança que não sabe o que é um pique-esconde, um jogo de birosca, um pique-pega ou queimada, carrinho de rolimã, nunca viu, e alguns nem ouviram falar.
A comodidade trouxe a preguiça do criar pensamento crítico ou não. Não se pensa mais. Está tudo automatizado e robotizado”
Vemos sempre crianças saindo da escola já com o telefone na mão. Chega em casa, come às pressas pra voltar pro sedentarismo mental. E olha que não é somente crianças, há milhões de adultos no mesmo sedentarismo.
A comodidade trouxe a preguiça do criar pensamento crítico ou não. Não se pensa mais. Está tudo automatizado e robotizado.
Esse sedentarismo mental, contribui para o adoecimento corporal, é como diz o ditado: mente sã, corpo são. Mente sedentária, corpo sedentário (esse último é por minha conta).
Se o sedentarismo físico é um problema de saúde pública, o sedentarismo mental não é diferente. É de fundamental importância que autoridades públicas, empresários e a sociedade em geral se atentem e busquem soluções que sejam eficientes e eficazes, senão, estamos fadados a viver, em pouco espaço de tempo, em um mundo onde a comunicação, por mais rápida que seja, não seja suficiente para tirar cada um e cada uma da bolha em que se meteu e que, tanto pelo sedentarismo físico quanto o sedentarismo mental, não conseguem ter forças para reagir e sair dessa bolha.
Por onde começar? Qual o primeiro passo? Qual atitude tomar? A quem recorrer? Esses são questionamentos que precisam ser feitos e que as respostas precisam ser encontradas, urgentemente.
* Dirigente Sindical Cutista, Jornalista Profissional, Especialista em Comunicação e Marketing pelo Unileste/MG, Especialista em Políticas Públicas pela Universidade Federal de Viçosa/MG
Obs: Artigos assinados não reproduzem, necessariamente, a opinião do jornal Diário do Aço
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Gildázio Garcia Vitor
14 de março, 2025 | 19:31Excelente! Parabéns! Obrigado!
"Mena sana in corpore sano"
"Devesse pedir em oração que a mente seja sã num corpo são./ Peça uma alma corajosa que careçam do temor da morte,/ que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos/ da natureza, que suporte qualquer tipos de labores,/ que desconheçam a iea, nada cobice e creia mais/ nos labores selvagens de Hércules do que/ nas satisfações, nos banquetes e cama de plumas de Sardanapalli".
(Juvenal)”