
11 de março, de 2025 | 06:19
Dupla é denunciada por latrocínio de idoso em Tarumirim
Um dos denunciados tinha sido deportado dos EUA dias antes de cometer o crime na comunidade rural de Pega-Bem
Enviada ao Diário do Aço
Caso sejam condenados em todas as qualificadoras, réus podem pegar mais de 30 anos cada um, pela morte cruel do idoso de 74 anos

Dois homens foram denunciados por latrocínio (roubo seguido de morte da vítima), crime praticado em 16 de fevereiro de 2025, por volta das 16h30, no Córrego do Seco, próximo ao Povoado Pega-Bem, no município de Tarumirim. Conforme consta na denúncia apresentada pelo Promotor de Justiça, Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, à Justiça da Comarca de Tarumirim, os dois denunciados mataram José Ferreira Neto, de 74 anos, com a finalidade de roubar dinheiro da vítima. O caso gerou comoção no povoado, os autores do crime foram identificados e confessaram espontaneamente a autoria.
O inquérito que baseou a denúncia do representante do MPMG narra que Jaeder Venceslau dos Santos, o Jaidinho, de 19 anos, e Reinaldo Justino dos Santos, de 35 anos, ambos recolhidos ao Sistema Prisional por força de mandado de prisão preventiva, mataram o idoso para lhe roubar dinheiro.
Antes do crime, os dois denunciados, e ainda outras pessoas a serem investigadas, passaram o domingo consumindo bebidas alcoólicas e cocaína. Consta na denúncia que, após consumirem bebida alcoólica juntos durante grande parte do dia, Jaeder e Reinaldo, cientes de que José Ferreira guardava em sua residência vultosa quantia em dinheiro em espécie e que ele morava sozinho, decidiram ir até o local para subtrair os bens da vítima. Por volta das 16h30, ambos seguiram ao endereço, cada um em uma motocicleta. Reinaldo entrou na casa da vítima portando uma arma de fogo de Jaeder. Logo depois, Jaeder também adentrou no imóvel e pegou sua arma de volta com Reinaldo.
Dentro da casa, José Ferreira estava sentado no sofá da sala, assistindo televisão, quando Jaeder começou a revistar o local em busca do dinheiro da vítima, que permaneceu sem reação. No entanto, para garantir a subtração dos valores, Jaeder efetuou dois disparos contra a cabeça de José Ferreira, atingindo-o na região frontal direita/superior com saída na região anterior/superior da orelha esquerda e no olho direito, com o projétil alojando-se na parte posterior da orelha direita. Em seguida, ao perceberem que José Ferreira havia falecido, Jaeder e Reinaldo fugiram do local levando consigo os valores subtraídos”, detalha a denúncia.
O corpo do idoso foi localizado somente na terça-feira, 18 de fevereiro de 2025, quando, no fim da tarde, um vizinho foi à propriedade de José Ferreira em busca de um animal e deparou-se com a vítima sem vida. A casa estava revirada e, na pressa da fuga, os latrocidas deixaram caídos e espalhados R$ 1.652.
A Polícia Militar foi acionada e a perícia da Polícia Civil colheu os dados na cena do crime. Um cofre, onde a vítima guardava seus pertences, estava aberto e tudo o que havia dentro fora retirado, reforçando indícios do roubo seguido de morte.
Em meio à comoção gerada na comunidade local, os agentes das forças de segurança chegaram à informação sobre os nomes dos suspeitos e que eles usaram duas motocicletas para irem ao local do crime, uma Honda Titan, de cor vermelha, e uma Honda XR, de cor branca.
Os suspeitos foram localizados e detidos pelos policiais. Diante das provas, Reinaldo confessou sua participação no delito em coautoria com Jaeder. Diante da confissão e dos indícios de autoria e prova da materialidade delitiva, os suspeitos foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil de Tarumirim.
No interrogatório, Jaeder e Reinaldo confessaram espontaneamente a prática do crime de latrocínio. Em razão da confissão e das evidências colhidas, a prisão em flagrante foi ratificada pelo Delegado de Polícia e depois foi pedida a preventiva, também decretada pela Justiça Criminal da Comarca.
Deportado dos EUA
Pouco tempo antes do crime, um dos denunciados, Jaeder Venceslau, tinha sido deportado dos Estados Unidos, em decorrência de sua entrada irregular naquele país. Ele foi detido pela Polícia de Imigração e permaneceu preso por meses antes de ser repatriado, vindo, logo após sua chegada no Brasil, por acreditar em uma possível impunidade em terras brasileiras, cometer delito extremamente grave”, enfatiza a denúncia do MPMG.Solicitado inquérito complementar para apurar outros envolvidos
O Órgão Ministerial também encaminhou ofício à Polícia Civil de Minas Gerais, requisitando a instauração de inquérito policial complementar para apurar a coautoria de outras pessoas possivelmente envolvidas no crime de latrocínio.Isso se deve ao fato de que, conforme consta no processo, outros dois indivíduos estavam na residência de Reinaldo consumindo bebidas alcoólicas com os denunciados pouco tempo antes do delito. Diante disso, torna-se necessária a identificação do irmão mencionado e de Pedro Henrique, bem como apuração se eles estariam envolvidos no crime patrimonial”, afirma a denúncia.
Dentre os suspeitos de coautoria está um foragido da Justiça e identificado no meio policial como uma pessoa de alta periculosidade, sendo responsável por crimes graves, tais como homicídio tentado, roubo e tráfico de drogas.
Um crime com penas mais rigorosas
A pena para o crime de latrocínio é de 20 a 30 anos de reclusão e multa. Além disso, o latrocínio é considerado um crime hediondo, o que implica em regras mais rigorosas para a progressão da pena. Caso sejam condenados com todas as qualificadoras relatadas pelo Promotor de Justiça na denúncia, os dois acusados podem pegar mais de 30 anos de prisão, cada um.
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Justiceiro
11 de março, 2025 | 15:19Esses dois engraxaram o bigode o Processo caiu para o promotor certo esses dois vagabundo pode preparar a mente para passar uns longos anos preso com este promotor sempre é pena máxima”
Xangai
11 de março, 2025 | 08:1230 na verdade é pouco diante dos fatos ! Pobre senhor.”
Observador
11 de março, 2025 | 06:43Relepas do crime, da mais baixa espécie. Matar um idoso na roça para pegar uma mixaria. É um típico caso em que só a pena de morte resolveria.”