11 de março, de 2025 | 06:00

Mão no hexa

Fernando Rocha

Mais uma grande exibição do Atlético, que atropelou o América no último sábado, o jogo de ida da final do Campeonato Mineiro, garantindo por antecipação e invicto o hexacampeonato estadual.

O placar de 4 x 0 ficou até de bom tamanho para o Coelho, devido ao grande número de chances de gol criadas e desperdiçadas pelo alvinegro.

O jogo de volta, decisivo, será disputado no próximo sábado, marcado para o Independência, mas poderá mudar e voltar ao Mineirão, pois, ciente de suas chances mínimas de conquista de título, a diretoria do América estaria disposta a abrir mão do jogo em seu estádio para obter uma boa arrecadação com a presença maciça da torcida do adversário.

O Galo pode perder até por três gols de diferença que levanta a taça, enquanto o Coelho precisa fazer cinco gols para ser campeão ou quatro de vantagem para levar a decisão à disputa de pênaltis.

Sem contestação
O América é useiro e vezeiro em reclamar das arbitragens e se passar por vítima, sobretudo quando não tem razão, como nesse caso da expulsão do jovem volante Cauan Barros, 20 anos, aos 22 minutos do 1º tempo, creditando a sua derrota à decisão do árbitro Vinicius Gomes do Amaral, da Federação Mineira.

É fato que a agressão existiu e a discussão é se o árbitro foi ou não muito rigoroso, e se deveria ter aplicado apenas um cartão amarelo ao invés do vermelho.

O lance é interpretativo, portanto, a decisão do assoprador de apito pode ser criticada, mas não tratada como uma falha absurda.

Muito menos a causa principal da derrota do Coelho, que já perdia de 1 x 0 e tomaria mais gols, com certeza, devido à superioridade do time alvinegro comandado pelo técnico Cuca.

A vitória do Atlético foi justa e os seus torcedores têm todos os motivos para comemorar pela segunda vez, em sua centenária história, o invicto hexacampeonato.

FIM DE PAPO

Lance parecido aconteceu na semifinal do Campeonato Baiano, onde um jogador da Jacuipense foi expulso após dar um “peteleco” em Nestor Gomes, do Bahia. Assim como na semifinal mineira, o lance é interpretativo, por isso não se pode condenar o árbitro, que apenas cumpriu a regra. O protocolo do VAR nesses casos, também, proíbe a sua interferência, por considerar que se trata de um lance interpretativo.

Com dificuldades para pagar a folha salarial dos jogadores, seria impossível a diretoria do América pagar a multa de R$ 750 mil para ter em campo o titular Matheus Mendes, que foi emprestado e pertence ao Atlético. Confiou no reserva Jori, que no clássico anterior contra o Galo, quando houve empate de 1 x 1, foi eleito o melhor em campo. O futebol tem dessas coisas, e uma de suas máximas é que um grande goleiro, além de ser bom no ofício, tem de ter sorte. O resto da história todos já sabem.

Neymar deixou o Santos na mão no jogo decisivo em que o time foi eliminado pelo Corinthians, na semifinal do Campeonato Paulista. Repetiu o que já vez na seleção brasileira, no PSG e no Al-Hilal, onde nem sequer jogou alguma partida importante. Claro, ele não se machuca porque quer, mas a sua recuperação é mais complicada, na medida em que opta por levar vida de popstar e não de um atleta profissional de alto rendimento.

Desta vez, ele sentiu um problema muscular na partida do Santos contra o Bragantino, no domingo de Carnaval. Mas, ao invés de fazer como Hulk, que vem se dedicando ao tratamento diuturnamente para voltar o mais rápido possível ao time do Galo, Neymar optou por comparecer ao sambódromo e ficar a madrugada toda assistindo ao desfile das escolas de samba no Rio de Janeiro, ao invés de tratar da contusão para não desfalcar o Santos. Mais uma vez a sua irresponsabilidade prevaleceu. (Fecha o pano!)
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