08 de março, de 2025 | 05:00

Calor extremo requer medidas para proteção aos trabalhadores

Enviada ao Diário do Aço
Diretor do Seci, Antonio Ademir da Silva, fala sobre medidas contra impacto do calor extremo na saúde dos trabalhadoresDiretor do Seci, Antonio Ademir da Silva, fala sobre medidas contra impacto do calor extremo na saúde dos trabalhadores
Por Isabelly Quintão - Repórter Diário do Aço
A exaustão térmica, também conhecida como exaustão causada pelo calor, tem atingido muitos trabalhadores, sobretudo, aqueles que trabalham expostos ao sol. As temperaturas elevadas geram preocupações sobre os impactos causados no corpo. O Diário do Aço conversou com o Sindicato dos Empregados no Comércio de Ipatinga (Seci), a respeito de medidas que poderiam amenizar quadros extremos desencadeados pelos dias quentes.

O diretor do Seci, Antonio Ademir da Silva, ressaltou, em entrevista ao jornal, que o sindicato defende que trabalhadores de todas as categorias tenham condições decentes de trabalho. “Nós defendemos que nenhuma pessoa pode ter trabalho humilhante ou degradante, e trabalhar em condições de sofrimento, em área insalubre. Tudo isso nós somos contra. No entanto, nós não temos como responder sobre trabalhadores como servidores públicos, pedreiros, marceneiros… Quem tem que puxar a luta em favor dessas categorias são os seus sindicatos respectivos. Quando esses trabalhadores, por meio dos seus sindicatos, pedir a nossa ajuda, nós estaremos lá para contribuir, mas não podemos furar a fila e fazer proposta para outra categoria que nós não representamos legalmente”, enfatizou.

Para os trabalhadores expostos ao sol, Antonio sugeriu que as empresas forneçam “roupas leves, chapéu, óculos escuros, protetor solar, entre outros”, como uma forma de cuidado à saúde. O diretor também reforçou que, quando se trata de hidratação, todos os empregadores devem fornecer água potável, em condições de uso, para seus empregados. “Já quanto aos trabalhadores trabalharem de bermuda ou com um determinado tipo de roupa, isso é uma liberalidade do empregador. É ele quem determina qual tipo de roupa o trabalhador pode usar no seu serviço. Nós não temos governabilidade sobre isso. Infelizmente, os patrões podem desligar o trabalhador que não quer trabalhar no sol quente, ou debaixo de chuva, em condições insalubres, porque nós não temos proteção. Nós não temos estabilidade e isso vai novamente depender do sindicato da categoria de negociação, do sindicato daquela categoria específica com o sindicato patronal daquele setor”, explicou.

Iniciativas
O dirigente diz acreditar que há muitas pessoas, grupos e entidades lutando para minimizar os impactos da emergência climática. “O nosso sindicato, por exemplo, é um deles. Nós temos um representante no Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Codema), justamente para fiscalizar e não passar projetos que venham impactar o meio ambiente de forma negativa”.

Ademir acrescenta que a entidade sindical onde atua faz o monitoramento constante das condições de trabalho no comércio. “Fazemos visitas nas lojas, vistorias para ver se tem ventilação, água potável, ergonomia, e conforto para o trabalhador. Verificamos se as empresas estão cumprindo as normas regulamentadoras. Isso nós fazemos regularmente, toda semana e quase todos os dias nós estamos na rua. Se a gente não consegue resolver uma determinada situação que está penalizando o trabalhador, o Seci convida a empresa para uma reunião no Ministério do Trabalho, para fazer mediação. Então, nós estamos sempre atentos sobre aquilo que prejudica a nossa categoria. Inclusive, temos também uma parceria com o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), em Ipatinga. Nós fazemos tudo o que está ao nosso alcance”, complementou.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Gildázio Garcia Vitor

08 de março, 2025 | 12:11

“Se tem um local de trabalho que está ficando cada dia mais insalubre elevado a n, são as escolas e, especialmente, as nossas salas de aulas.”

Envie seu Comentário