07 de março, de 2025 | 08:30

Afya Ipatinga lança Projeto de Prevenção à Saúde Ocular na Aldeia Gerú Tucunã Pataxó, em Açucena

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''Este projeto é uma oportunidade única de sensibilizar os alunos para o contexto das comunidades indígenas, ao mesmo tempo, em que proporcionamos um ganho real para a saúde ocular da população da aldeia'', explica uma das idealizadoras''Este projeto é uma oportunidade única de sensibilizar os alunos para o contexto das comunidades indígenas, ao mesmo tempo, em que proporcionamos um ganho real para a saúde ocular da população da aldeia'', explica uma das idealizadoras

A Afya Faculdade de Ciências Médicas de Ipatinga, por meio das professoras Fabiana Athayde Martins Araújo e Tatianne Fernandes Duarte, lança o projeto "Prevenção da Saúde Ocular no Âmbito da Saúde Coletiva", com o objetivo de levar cuidados oftalmológicos e conscientização sobre a saúde ocular à Aldeia Gerú Tucunã Pataxó, localizada no município de Açucena.

O projeto visa promover a prevenção de doenças oculares e melhorar a qualidade de vida dos 88 moradores da aldeia, composta por 38 homens e 50 mulheres, incluindo crianças e idosos. Durante o período de fevereiro a junho de 2025, alunos voluntários da Afya se envolverão em atividades como triagem da acuidade visual, exames de refração, fundo de olho direto e tonometria com tonômetro portátil. Aqueles que necessitarem receberão óculos de forma gratuita, com a colaboração de campanhas de arrecadação de armações e parcerias com empresas fornecedoras de lentes.

Além do impacto direto sobre a saúde ocular da comunidade, o projeto tem um objetivo pedagógico importante: proporcionar uma educação integrada e humanizada aos alunos envolvidos, estimulando o interesse por questões de saúde pública e a participação ativa na transformação da realidade de saúde da sociedade, especialmente das minorias e povos originários.

"Este projeto é uma oportunidade única de sensibilizar os alunos para o contexto das comunidades indígenas, ao mesmo tempo, em que proporcionamos um ganho real para a saúde ocular da população da aldeia", explica a professora Fabiana Athayde Martins Araújo. "Nosso objetivo é não apenas tratar, mas também educar e promover a conscientização, contribuindo para um futuro mais saudável e inclusivo", completa a professora Tatianne Fernandes Duarte.

O projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 e 4, que buscam promover a saúde e o bem-estar e garantir uma educação de qualidade. Além disso, ao oferecer exames oftalmológicos gratuitos e prescrição de óculos, a ação tem o potencial de melhorar o desempenho educacional de crianças e adultos da comunidade beneficiada.
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O projeto visa promover a prevenção de doenças oculares e melhorar a qualidade de vida dos moradores da aldeiaO projeto visa promover a prevenção de doenças oculares e melhorar a qualidade de vida dos moradores da aldeia


O cacique da aldeia, ao refletir sobre a importância do projeto para a sua comunidade, expressou: “Nem todas as famílias têm essa oportunidade de usar óculos, né? Eu acho que depois desse trabalho com nossa comunidade, com os professores, isso vai ser muito importante. Vai ajudar na avaliação de cada família e de cada criança. Acho que isso vai fortalecer muito, a nossa comunidade aqui. Esse trabalho em conjunto com a faculdade é de grande importância para nosso povo indígena. Poder conhecer vocês e dialogar sobre as necessidades das comunidades indígenas hoje em dia é algo fundamental”.

Para os idealizadores do projeto, a iniciativa é uma oportunidade de união entre ensino, comunidade e solidariedade, “promovendo o bem-estar e transformando a realidade da aldeia para melhor”.

A história da Aldeia Gerú Tucunã Pataxó

A Aldeia Gerú Tucunã Pataxó, localizada no município de Açucena abriga uma comunidade de 88 indígenas, com a presença de diversas faixas etárias, incluindo crianças e idosos, que serão beneficiados pelas atividades de triagem e cuidado oftalmológico promovidas pelo projeto. A aldeia existe desde o dia 23 de julho de 2010, quando famílias Pataxó, oriundas da região de Porto Seguro, no Sul da Bahia, ocuparam uma região que abrangia o Parque Estadual do Rio Corrente e deu início à construção da aldeia. Hoje as famílias produzem diversos alimentos e constituíram uma agroflorestal. O meio ambiente é muito degradado por decorrência de seguidos incêndios e desmatamentos constantes pelos posseiros. A aldeia foi consolidada quando o Instituto Estadual de Floresta ofereceu um território dentro do Parque estadual Rio Corrente, que havia sido repassado ao estado pela siderúrgica Aperam, em decorrência de um passivo ambiental.
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